Presidente da Câmara de Deputados do Brasil tem contas congeladas
Autoridades suíças decidiram.
As autoridades suíças bloquearam as contas bancárias em nome do presidente da Câmara de Deputados do Brasil, Eduardo Cunha, e dos seus familiares no país helvético, anunciou esta quinta-feira a Procuradoria-Geral da República (PGR) brasileira.
"As informações do MP da Suíça relatam contas bancárias em nome de Eduardo Cunha e de familiares. As investigações [na Suiça]iniciaram-se em abril deste ano e houve bloqueio de valores", refere o comunicado da procuradoria, citado pela agência Brasil.
Com a identificação das contas, o Ministério Público da Suíça remeteu para a PGR brasileira a investigação aberta contra Eduardo Cunha, que passará a ser investigado no Brasil por suspeita dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção e suposto recebimento de suborno no âmbito da Operação Lava Jato.
A quantia bloqueada não foi divulgada, acrescenta a agência Brasil.
Eduardo Cunha, como brasileiro, não pode ser extraditado para outro país.
Acusado de corrupção
No Brasil, o presidente da Câmara de Deputados está formalmente acusado de corrupção, por suspeita de ter recebido subornos em contratos da Petrobras com uma empresa coreana, para o fornecimento de navios, e de branquear capitais.
O caso, investigado desde 2014, refere-se a uma vasta rede de corrupção que atuava há mais de uma década na Petrobras, a maior empresa do Brasil, que se terá apropriado de cerca de 2.000 milhões de dólares (1.784 milhões de euros), segundo os cálculos da própria petrolífera.
O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT, da Presidente brasileira, Dilma Rousseff) João Vaccari Neto foi no dia 21 de setembro condenado a 15 anos e quatro meses de prisão por branqueamento de capitais, associação criminosa e corrupção na Petrobras.
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