Príncipe André, Bill Clinton e Donald Trump na lista de nomes mencionados no caso Epstein
Novos documentos relativos ao caso que acusa Jeffrey Epstein de tráfico sexual foram divulgados esta quinta-feira.
Anos após a morte de Jeffrey Epstein, o caso continua a gerar polémica e a revelar novos contornos. Esta quinta-feira, foi divulgada a lista de nomes referidos no processo legal sobre tráfico sexual.
Loretta Preska, a juíza responsável pelo processo movido em 2015 por uma das vítimas, Virginia Giuffre, divulgou mais de 900 páginas de documentos do caso. Entre depoimentos de testemunhas e relatos explícitos de abusos sexuais, surgem vários nomes de personalidades ligadas ao magnata, informa o The New York Times
Príncipe André, Bill Clinton e Donald Trump mencionados no processo
Os documentos que vieram a público revelam nomes de potenciais testemunhas, vítimas de agressões sexuais e amigos de Epstein. O príncipe André de Inglaterra e os antigos presidentes dos EUA Bill Clinton e Donald Trump são algumas das personalidades mencionadas.
Nos próximos dias é esperado que sejam divulgados mais ficheiros do processo.
O The New York Times refere ainda que os ficheiros divulgados não incluem contextos específicos de irregularidades cometidas por outros homens além de Epstein.
Entre os ficheiros revelados na quinta-feira, está o extenso depoimento de maio de 2016 de Johanna Sjoberg, uma das vítimas de Epstein.
"Ele [Epstein] disse uma vez que Bill Clinton gosta de raparigas jovens", contou Sjoberg, citada pelo jornal norte-americano.
O ex-presidente norte-americano, Donald Trump, surge no processo em depoimentos de duas vítimas, que foram questionadas sobre se o republicano esteve nas casas de Epstein e teve relações sexuais com elas.
Sjoberg contou que o príncipe André, que já tinha sido anteriormente referido no processo, lhe colocou a mão no peito quando a conheceu.
Caso Epstein
Jeffrey Epstein foi detido em Palm Beach, na Florida, em 2005, depois de ter sido acusado de pagar a uma rapariga de 14 anos por sexo.
Dezenas de outras raparigas menores de idade descreveram abusos sexuais semelhantes, mas os procuradores acabaram por permitir que o magnata se declarasse culpado em 2008 de uma acusação que envolvia uma única vítima. Cumpriu 13 meses num programa de liberdade de trabalho.
Quando mais pormenores e denúncias vieram a público, em julho de 2019, Jeffrey Epstein foi detido. Um mês depois, foi encontrado morto aos 66 anos na cela enquanto aguardava julgamento. A morte foi declarada como suicídio.
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