Protesto de taxistas causa caos em Madrid
Mais de dois mil taxistas protestaram na capital espanhola no oitavo dia de uma greve sem prazo.
Após oito dias de greve, mais de dois mil taxistas concentraram-se ontem na Porta do Sol, frente à sede do governo da comunidade de Madrid, para contestar a falta de regulamentação de empresas como a Uber e a Cabify. Ao protesto somaram-se taxistas da Galiza, da Andaluzia, da Estremadura e de outras comunidades autónomas.
A gritos de "corruptos" os manifestantes atiraram ovos contra as janelas da sala onde estavam reunidos, ao princípio da noite, representantes do PP.
"Não queríamos chegar até aqui, mas agora temos de ir até ao fim", afirmou um taxista.
Os protestos foram marcados por tensão e alguns confrontos com condutores da Uber e com a polícia. Houve um caso em que um deficiente foi retirado à força de um veículo especial.
O protesto começou após uma vigília junto ao estádio Santiago Bernabéu, onde os taxistas cortaram o trânsito na avenida La Castellana. Deslocaram-se depois até à rua Génova e à sede do PP e, por fim, até à Porta do Sol, de onde saíram às 21h30.
O protesto e a continuação da greve foram decididos depois de o acordo entre o presidente do governo regional de Madrid, Ángel Garrido, e a presidente da autarquia da capital espanhola, Manuela Carmena, ser considerado "insuficiente". Isabel Díaz Ayuso, candidata do PP à sucessão de Garrido, acusou os taxistas de "sequestrarem a cidade". Frisou que "os tempos mudam" e que os taxistas têm de aprender a conviver com a concorrência.
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