Puigdemont sugere depor em Bruxelas
Líder catalão destituído ficou na capital belga e faltará hoje à deposição que deveria fazer na Audiência Nacional.
O presidente do governo autónomo da Catalunha destituído não regressou a Barcelona e faltará hoje à deposição que estava chamado a fazer na Audiência Nacional por delitos de rebelião, sedição e malversação de fundos públicos.
A confirmação foi feita ontem pelo advogado Paul Bekaert, em Bruxelas, cidade onde o ex-presidente catalão Carles Puigdemont se refugiou na segunda-feira para escapar a uma provável ordem de prisão pelos referidos delitos.
"Não, não irá porque prefere observar e esperar", afirmou o advogado, acrescentando que a Justiça espanhola pode interrogar Puigdemont na Bélgica, algo que "está previsto na lei".
O ex-presidente catalão, por seu lado, disse não ter recebido qualquer citação para depor. "Para ir declarar é preciso uma citação. Ninguém a recebeu. Tivemos conhecimento disso pela imprensa", afirmou, referindo os quatro ex-ministros que ficaram com ele em Bruxelas e também não vão declarar: Meritxell Borras, Antoni Comim, Clara Ponsatí e Meritxell Serret.
Quem regressou a Barcelona na terça-feira e deverá ir depor são Dolors Bassa e Joaquim Forn.
A Justiça espanhola pode pedir prisão preventiva para Puigdemont e outros ex-ministros catalães por risco de fuga e de reincidência nos delitos, que são classificados como muito graves e passíveis de penas de prisão até 30 anos.
Junqueras diz que a Catalunha não abdica
Oriol Junqueras destacou que "a coragem revelada por este país [a Catalunha] foi tão esclarecedora e tão forte que acabará por ter como resultado a consolidação de uma república plena, verdadeiramente justa e democrática", escreve Junqueras, repetindo que os resultados do referendo de 1 de outubro legitimam a proclamação da independência.
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