Putin ameaça com arma secreta

A Rússia já está a produzir os seus mais recentes mísseis hipersónicos e os planos passam por instalá-los na Bielorrússia, ainda este ano, o que significa uma ameaça para a vizinha Ucrânia.

O presidente russo foi com o seu maior aliado, Alexander Lukashenko, presidente da Bielorrússia, até à ilha de Valaam, perto de São Petersburgo, para anunciar que os militares já escolheram os locais de instalação na Bielorrússia para o míssil balístico de alcance intermédio Oreshnik.

“Os trabalhos preparatórios estão em curso e, muito provavelmente, estarão concluídos antes do final do ano”, afirmou Putin.

O líder russo destacou as capacidades do Oreshnik. Afirmou que as suas múltiplas ogivas são imunes à interceção e são tão poderosas que a utilização de várias delas num ataque convencional pode ser tão devastadora como um ataque nuclear.

O Oreshnik pode transportar ogivas convencionais ou nucleares e tem um alcance que lhe permite atingir toda a Europa. Pode voar entre 500 e 5.500 quilómetros. Essas armas foram proibidas ao abrigo de um tratado da era soviética que Washington DC e Moscovo abandonaram em 2019.

A presidente da Comissão Europeia advertiu o Ocidente de que Moscovo poderia utilizá-los contra os aliados ucranianos da NATO que permitiram que Kiev utilizasse os seus mísseis de longo alcance para atacar dentro da Rússia.

A Rússia já utilizou o Oreshnik contra a Ucrânia. Foi em novembro quando disparou a arma experimental contra uma fábrica em Dnipro que construía mísseis quando a Ucrânia fazia parte da União Soviética. Esse ataque provocou explosões que, segundo consta, duraram até três horas, mas não houve vítimas mortais.