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‘Mão morta’ russa deixa América em alerta

'Arma do apocalipse', com quase 40 anos, estava esquecida, até Presidente dos EUA dar ordem para dois submarinos nucleares avançarem para as portas russas.

04 de agosto de 2025 às 01:30

A colocação de dois submarinos nucleares norte-americanos em posições estratégicas para resposta imediata a um ataque russo, fez regressar as preocupações de um conflito entre os dois países, embora nada indique que se esteja próximo dessa eventualidade.

A ordem foi dada por Donald Trump, depois de Dmitry Medvedev, antigo presidente da Rússia e atual o vice-presidente do Conselho de Segurança da Federação Russa, ter afirmado, a propósito do ultimato dado pelo líder da Casa Branca para acabar com a guerra na Ucrânia, que a ameaça dos EUA era “um passo em direção à guerra. Não entre a Rússia e a Ucrânia, mas com o seu próprio país”.

O presidente norte-americano advertiu Medvedev que estava a entrar num território “muito perigoso” e que deveria que ele deveria “ter cuidado com as palavras”, e mandou avançar os submarinos para uma região próxima da Rússia.

As precauções de Trump fazem sentido. O ‘inimigo’ possui a arma mais temida do mundo: a ‘Mão Morta’, ou ‘máquina do juízo final’,que os americanos acreditam estar operante.

Foi o próprio Medvedev que o recordou. “Trump deveria lembrar-se de como a lendária ‘Mão Morta’ pode ser perigosa”.

Trata-se de um sistema de mísseis nucleares com alto poder destrutivo, também designado por ‘Perimetr’, que começou a ser desenvolvido nos anos 70, em plena guerra fria, e que terá ficado operacional em 1986.

A ‘arma do apocalipse’ está equipada com sensores que detetam um ataque nuclear. A partir daqui, o sistema procura respostas de ‘sim’ ou ‘não’, junto das chefias militares, a começar pelo comandante supremo, o Presidente da Rússia. Se este não responder, vai tentando obter resposta junto de outros comandos. Se nenhum der sinal de vida, o ‘Perimetr’ autoriza automaticamente o lançamento dos mísseis nucleares. Quer isto dizer que pode lançar mísseis mesmo sem ordens humanas. Daí o nome “Mão Morta”: mesmo sem ninguém vivo para apertar o botão, o ataque pode acontecer.

O sistema estará instalado em Moscovo, em estruturas subterrâneas altamente protegidas.

Uma vez no ar, estes mísseis transmitem códigos para outros sistema de mísseis balísticos espalhados pelo país e atacam o inimigo.

Não há a garantia de que o ‘Perimetr’ seja uma realidade, mas os receios norte-americanos existem.

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