Quatro detidos na posse de espécies de animais protegidos em Moçambique
Suspeitos iriam ganhar mais de 5 mil euros com venda de espécies protegidas.
A polícia moçambicana deteve quatro pessoas na posse de um pangolim e peles de leopardo, chita e leão quando pretendiam vender no distrito de Cuamba, em Niassa, norte de Moçambique, disse, esta sexta-feira, à Lusa fonte dos serviços de investigação.
"Eles foram detidos em flagrante delito quando iam vender as espécies protegidas num preço de 400 mil meticais [5.611 euros]", disse Moisés Matangue, porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) em Niassa.
Os homens, com idades entre 19 e 40 anos, terão levado o pangolim da Reserva Especial do Niassa, a maior área protegida de Moçambique, sendo ainda desconhecida a proveniência das peles dos animais abatidos.
"Estamos a trabalhar na hipótese de existir uma rede desses indivíduos, onde o trabalho de alguns é o de encontrar os animais", referiu o porta-voz, acrescentando que os homens são acusados pelos crimes de posse e comercialização de espécies protegidas.
Estabelecida em 1960, a Reserva Especial do Niassa é a maior área protegida de Moçambique, albergando o maior número de elefantes que existe no país.
De acordo com dados oficiais, com a crescente procura internacional de marfim, sobretudo em 2008, o número elefantes na reserva reduziu-se de 14.000 para menos de 4.000, entre 2009 e 2018.
Para travar a redução, o Governo moçambicano e parceiros de cooperação têm desenvolvido estratégias para travar a ação de caçadores furtivos, assinalando-se, este ano, sete anos sem registo de qualquer incidente dentro da reserva.
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