Quem são os 11 detidos ligados à morte de Samuel Paty, o professor decapitado em França
Docente foi atacado quando se encontrava a caminho de casa.
Dois dias após o atentado que custou a vida ao professor Samuel Paty,
em Conflans-Sainte-Honorine, França, já foram detidas onze pessoas que estão sob custódia policial como parte importante na investigação do crime.
O docente foi atacado por um jovem de 18 anos, num crime que está a ser investigado como ataque terrorista, quando se encontrava a caminho de casa. O agressor terá gritado "Alá é grande" antes de ser abatido pela polícia.
Em causa estará o facto de Samuel ter mostrado uma caricatura de profeta numa das suas aulas.
Mas afinal, quem são estes suspeitos?
Família do agressor de 18 anos
A família do jovem que decapitou Samuel terá chegado a França em 2008, quando Abdoullakh, o mais velho de seis meninos, tinha então 6 anos.
A informação, avançada pelo Le Parisien, dá conta de que o pai do agressor garantiu aos investigadores que não se terá apercebido da radicalização do filho.
Pais de alunos
Brahim C., de 48 anos, é pai do aluno que convocou a mobilização contra o professor. Foi detido em Chanteloup-les-Vignes na manhã deste sábado. A 7 de outubro,
Brahim C publicou no Facebook uma nota que vinha incentivar um "movimento contra o professor". A 5 de outubro, Samuel Paty mostrou duas caricaturas de Maomé aos seus alunos e, por isso, Brahim estava a acusá-lo de divulgação de imagens pornográficas.
O homem afirmou, através da publicação, que a filha, de 13 anos, se recusou a assistir ao resto da aula por se sentir incomodada. No entanto, a investigação revela que a aluna não esteve presente na aula de dia 5.
Há outro pai, de outro aluno, que está a ser investigado. Este apresentou queixa contra o docente naquele mesmo dia.
Abdelhakim Sefrioui e o cúmplice
O militante radical apresentou-se ao diretor do colégio como "responsável pelos irmãos de França". Chegou a ameaçar manifestar-se à frente do colégio. A 12 de outubro,
Três pessoas que estiveram com o agressor
Um terceiro membro foi durante a manhã deste domingo detido.
França homenageia Samuel
Um pouco por toda a França são esperadas este domingo manifestações contra o horror e em homenagem ao professor decapitado na sexta-feira, por mostrar aos seus alunos caricaturas de Maomé, e pelo qual 11 pessoas estão detidas.
O jornal Charlie Hebdo, duramente atingido pelo terrorismo islâmico em 2015, também anunciou que se vai associar à manifestação na capital francesa.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt