Rafah abre divisões entre Europa e EUA

UE diz que Estados Unidos não podem lamentar o que se passa em Rafah e continuar a fornecer armas a Israel.

13 de fevereiro de 2024 às 01:30
Ataques em Rafah Foto: HAITHAM IMAD / epa
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A ofensiva israelita em Rafah, onde estão refugiados 1,3 milhões de palestinianos, está a provocar divisões entre a Europa e os Estados Unidos. Todos concordam que as operações militares já são "desproporcionadas, excessivas e que o número de vítimas mortais é intolerável", como recorda o chefe de diplomacia europeia. O que não se compreende, diz Josep Borrell, é que os EUA continuem a fornecer armas a Israel perante o que se está a passar no terreno, ao contrário da UE. O próprio Reino Unido, o grande aliado de Washington, pediu esta segunda-feira a Telavive para "pensar seriamente" o que vai fazer em Rafah. "As pessoas que estão ali já se mudaram quatro, cinco, seis vezes, não têm para onde ir", alerta David Cameron, ministro britânico dos Negócios Estrangeiros.

A grande ofensiva ainda não começou, mas os ataques das forças israelitas em torno da cidade de Rafah, localizada a sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito, já começaram, tendo provocado a morte de dezenas de palestinianos. Apesar dos apelos da comunidade internacional, Israel diz que a operação é para continuar. "Só a continuação da pressão militar, até à vitória final, resultará na libertação dos reféns", diz o primeiro-ministro Netanyahu.

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