Recém-nascido morre em naufrágio em Moçambique
Bebé estava numa embarcação onde seguiam cerca de 30 pessoas.
Um recém-nascido morreu na sequência do naufrágio de uma embarcação em que seguiam cerca de 30 pessoas no distrito de Angoche, em Nampula, norte de Moçambique, anunciaram as autoridades marítimas.
"É uma embarcação que levava quase 30 pessoas. Fomos a tempo e hora de fazer o resgate dos sobreviventes e tivemos um óbito de uma criança recém-nascida que vinha acompanhada pela sua mãe", disse Temóteo Tambala, administrador marítimo de Angoche, citado esta quarta-feira pela Televisão de Moçambique.
Segundo o responsável, todas as restantes vítimas foram resgatadas com vida, apontando-se a inobservância de medidas de segurança e do estado do tempo como causas do naufrágio.
"Foi por causa de correntes marítimas e não por excesso de lotação. A embarcação levava 30 pessoas, mas com a capacidade de levar 42", disse o marinheiro Saide Ussene.
As autoridades marítimas avançaram que foi reforçada a fiscalização na região para evitar que novos incidentes ocorram.
"A nossa fiscalização consiste em controlar a lotação na embarcação de passageiros e para os pescadores [o controlo] da quantidade de carga transportada para evitarmos os cenários de naufrágios", concluiu o administrador marítimo de Angoche.
Na mesma província, pelo menos 98 pessoas morreram em um naufrágio ocorrido em 7 de abril, quando uma embarcação de pesca saía do posto administrativo de Lunga, no distrito de Mossuril, com destino à Ilha de Moçambique.
Das 98 pessoas que perderam a vida no local, 55 eram crianças, 34 mulheres e nove homens, havendo registo de 16 sobreviventes.
O Conselho de Ministros decretou luto nacional de três dias na sequência do acidente, com vários países parceiros de Moçambique a manifestarem solidariedade face à tragédia.
De acordo com as autoridades marítimas em Nampula, a embarcação de pesca, na qual seguiam 130 pessoas, não estava autorizada a transportar passageiros nem tinha condições para o efeito e as pessoas que transportava fugiam a um surto de cólera no continente.
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