Reveladas fotografias da casa de Epstein nas Ilhas Virgens onde se suspeita terem ocorrido crimes sexuais

Deputados democratas da Comissão de Supervisão da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos divulgaram nesta quarta-feira imagens inéditas da casa nas Ilhas Virgens do empresário Jefrrey Epstein, condenado por crimes sexuais, onde se suspeita que tenham sido cometidos alguns crimes.

“Estas novas imagens mostram um olhar perturbador sobre o mundo de Jeffrey Epstein e a sua ilha. Estamos a divulgar estas fotos e vídeos para garantir a transparência pública da nossa investigação e para ajudar a reconstruir o quadro completo dos crimes horríveis de Epstein”, disse o deputado Robert Garcia, principal democrata na Comissão de Supervisão.

As fotografias fazem parte dos arquivos da investigação ao caso Esptein cuja divulgação foi aprovada pelo Congresso norte-americano em novembro.

A luxuosa mansão fica na ilha de Little Saint James, parte das Ilhas Virgens dos Estados Unidos, um território norte-americano no Caribe. Epstein comprou a ilha em 1998 e, segundo as investigações, foi naquele local que ocorreram uma parte dos crimes sexuais que o magnata cometeu.

Entre as imagens divulgadas, destaca-se uma sala onde salta à vista uma cadeira de dentista num espaço com várias máscaras penduradas na parede.

Em novembro, Donald Trump promulgou a lei aprovada pelo Congresso que determinava a divulgação pública de todos os documentos relacionados com o caso Jeffrey Epstein na posse das autoridades federais.

Donald Trump tem sido relacionado com o caso Epstein. Em novembro, os democratas da Câmara de Representantes divulgaram e-mails e num deles, Epstein, que morreu em 2019 na sua cela de prisão enquanto aguardava o julgamento por acusações de abuso de menores, diz que o presidente dos EUA, Donald Trump, "passou horas" na mansão do milionário com uma das vítimas, cujo nome não foi revelado. O magnata insinuou ainda que Trump tinha conhecimento do que estava a acontecer - "ele sabia das meninas", diz num email de 2019.

Trump tem negado que tinha conhecimento dos crimes cometidos por Jeffrey Epstein e nunca ficou comprovado de que tenha participado ou que tenha sido cúmplice. O presidente terá tido uma relação de proximidade com ele durante 15 anos, que durou até 2004.

Jeffrey Epstein era um bilionário conhecido por se associar a celebridades e políticos. Foi preso inicialmente em Palm Beach, Flórida, em 2005, após ser acusado de pagar a uma menina de 14 anos por sexo. Em 2008 declarou-se culpado de dois crimes de solicitação de prostituição e prostituição de menores. Cumpriu 13 meses de prisão.

A pressão pública aumentou a partir de 2018 com investigações jornalísticas e novas testemunhas. Em julho de 2019, foi novamente preso e em agosto do mesmo ano foi encontrado morto na cela.