Rússia quer aumentar produção da vacina da Covid no estrangeiro
Kremlin revela intenções de alargar produção da sua vacina contra a Covid-19 a outras nações.
A Rússia pretende aumentar a produção da sua vacina contra a Covid-19, a Sputnik V, no estrangeiro, anunciou esta quarta-feira o porta-voz do Kremlin. “Num futuro próximo, queremos iniciar a produção em países estrangeiros para responder à procura crescente em cada vez mais países”, informou Dmitri Peskov através de conferência de imprensa. Ainda segundo o Kremlin, mais do que exportar, a Rússia quer desenvolver parcerias para a produção da vacina – países como o Cazaquistão, a Índia, a Coreia do Sul e o Brasil já produzem a Sputnik V, embora ainda não a utilizem.
De recordar que, na passada terça-feira, a revista médica The Lancet confirmou que a vacina russa revela uma eficácia de 91,6% contra os sintomas da Covid-19, confirmando os primeiros dados divulgados pelas autoridades russas no último outono sobre os resultados da Sputnik V (e que acabaram por ser recebidos com alguma desconfiança pela comunidade internacional). Conclusões da prestigiada publicação científica foram validados por especialistas independentes: “O desenvolvimento da Sputnik V tem sido criticado pela sua precipitação, por ter saltado etapas e pela falta de transparência, mas os resultados são claros e o princípio científico dessa vacinação está demonstrado”, explicam dois especialistas britânicos, Ian Jones e Polly Roy, em comentário anexo ao estudo da The Lancet.
Nas últimas semanas tem aumentado a pressão para que a Agência Europeia do Medicamento avalie rapidamente o desempenho da Sputnik V, e França, Espanha e Alemanha já se mostraram disponíveis a usar a vacina russa, caso seja aprovada por aquele organismo.
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