Rússia continua a enviar tropas e armas para leste ucraniano
Petro Poroshenko diz que acordo de cessar-fogo negociado não está a ser plenamente cumprido.
O Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, acusou esta segunda-feira Moscovo de continuar a enviar tropas e armas para o conflito separatista no leste da Ucrânia, advertindo que o acordo de cessar-fogo negociado não está a ser plenamente cumprido.
"É terrível que após o acordo de Minsk (...) continuamos a enfrentar graves problemas de segurança em Donbass", disse Petro Poroshenko, numa referência à região ucraniana pró-russa separatista, durante uma deslocação a Berlim, onde se encontrou com a chanceler alemã, Angela Merkel.
Em fevereiro de 2015, Kiev e Moscovo assinaram um acordo de cessar-fogo, mediado pela França e pela Alemanha, em Minsk, capital da Bielorrússia. Um ano depois, confrontos esporádicos ainda são registados na linha da frente do conflito.
O chefe de Estado ucraniano acusou igualmente Moscovo de bloquear o acesso dos observadores internacionais da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) a todas as zonas do conflito separatista.
O Presidente ucraniano frisou que Kiev não pode ser o único lado a cumprir os acordos de Minsk, que incluíam um cessar-fogo e reformas na Ucrânia.
Esta é uma das matérias mais sensíveis para o Presidente ucraniano. Em agosto último, uma primeira votação no Parlamento sobre este assunto provocou graves tumultos, que levaram à morte de quatro polícias.
Ao lado de Poroshenko, a chanceler alemã recordou que os acordos de Minsk previam um cessar-fogo duradouro, o acesso dos observadores da OSCE a todas as zonas e reformas na Ucrânia.
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