Seis mortos após passagem de furacão Melissa nas Caraíbas. Dirige-se agora à Jamaica onde será o mais forte em 174 anos

Fenómeno foi classificado como categoria 5, a mais alta da escala de furacões Saffir-Simpson, com ventos que excedem os 250 km/h.

27 de outubro de 2025 às 22:56
Rua inundada na Jamaica devido a chuvas fortes antes da chegada do furacão Melissa Foto: Matias Delacroix/AP
Trabalhadores protegem janelas antes da passagem do furacão Melissa pela Jamaica Foto: Matias Delacroix/AP
Habitantes num abrigo numa escola na Jamaica Foto: Matias Delacroix/AP

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Pelo menos seis pessoas morreram após a passagem do furacão Melissa pelas Caraíbas. O furacão que subiu para categoria 5, está agora a caminho da Jamaica e poderá ser o mais forte a atingir o território desde 1851.

A categoria 5 é a mais alta da escala de furacões Saffir-Simpson, com ventos que excedem os 250 km/h. 

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Depois de passar pela Jamaica, na terça-feira, a tempestade deverá rumar a Cuba, seguindo-se as Bahamas, refere a agência noticiosa Associated Press (AP). 

"Tenho estado de joelhos em oração", disse à AP, o primeiro-ministro jamaicano, Andrew Holness, que teme as fortes consequências do furacão. 

Na tarde desta segunda-feira, Melissa estava cerca de 225 quilómetros a sudoeste de Kingston e cerca de 515 quilómetros a sudoeste de Guantánamo, Cuba, com ventos 280 km/h e movia-se para noroeste a 5 km/h, de acordo com o Centro Nacional de Furacões dos EUA, em Miami.

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Partes do leste da Jamaica e o oeste do Haiti arriscam-se a sofrer "inundações catastróficas e vários deslizamentos de terra", prevê a mesma fonte. 

Face aos riscos, foi ordenada evacuação obrigatória nas zonas jamaicanas mais propícias a inundações. Mesmo assim, há quem tenha escolhido ficar. 

"Eu ouço o que eles dizem, mas não vou sair daqui", diz Noel Francis, um pescador de 64 anos que mora na praia da cidade de Old Harbor Bay, no sul, onde nasceu e cresceu. "Eu consigo safar-me sozinho", acrescenta. 

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O vizinho, Bruce Dawkins, disse também não ter planos de deixar a casa. "Não vou a lado nenhum", diz Dawkins, vestindo uma capa de chuva e segurando uma cerveja. O pescador conta que já tinha protegido o barco e planeava enfrentar a tempestade com o amigo Francis.

Autoridades jamaicanas mostraram-se preocupadas com o facto de menos de mil pessoas estarem nos mais de 880 abrigos abertos em toda a ilha. “É muito, muito abaixo do que é necessário para um furacão de categoria 5”, disse Daryl Vaz, ministro dos Transportes da Jamaica, que apelou a que as pessoas fossem inteligentes: "Se não forem, infelizmente, pagarão as consequências", cita a AP. 

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