Sem-abrigo conta momentos de pânico à porta em atentado

"Havia parafusos pelo chão e as pessoas tinham buracos nas costas", afirma Chris Parker.

23 de maio de 2017 às 17:20
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Chris Parker, de 33 anos, estava a pedir esmola à porta do Manchester Arena quando se deu o atentado.

"Estava toda a gente junta, feliz e tudo mais... Quando as pessoas saíram das portas de vidro ouvi um estrondo e em segundos vi uma luz branca, depois fumo e ouvi gritos", conta Chris que em vez de fugir decidiu voltar para trás para ajudar as vítimas.

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"Havia parafusos pelo chão e as pessoas tinham buracos nas costas", conta Parker que admite não esquecer os gritos e o cheiro a 'carne queimada' que se fazia sentir na rua.

O sem-abrigo relata que estavam muitas pessoas deitadas no chão e conta que viu uma menina perdida. "Perguntei-lhe onde estava o pai e mãe. Respondeu-me que o pai estava a trabalhar e a mãe lá em cima.", disse.

Chris achou que a menina não ia voltar a ver a mãe, devido ao terror que se estava a viver naquele local.

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Também uma mulher de 60 anos marcou Parker. O homem, que vive nas ruas da cidade há um ano, conta que viu uma mulher gravemente ferida, com lesões numa perna e na cabeça. "Ela morreu nos meus braços, estava na casa dos 60 anos e disse-me que estava com a família", afirma Parker.

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