Separatistas acordam investir Puigdemont

Investidura será feita à distância, via Skype ou através de declaração lida por outro deputado.

11 de janeiro de 2018 às 09:02
Carles Puigdemont Foto: Reuters
Carles Puigdemont Foto: Reuters
Puigdemont, presidente deposto da Catalunha Foto: Reuters
Carles Puigdemont, Catalunha, Espanha, Foto: Reuters
Carles Puigdemont, presidente da Catalunha Foto: Reuters

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Os dois maiores partidos independentistas da Catalunha chegaram a acordo para investir Carles Puigdemont como presidente do próximo governo da Catalunha, e estudam agora a melhor forma de possibilitar a sua tomada de posse à distância, a partir de Bruxelas, uma vez que arrisca ser detido se regressar a Espanha.

O acordo foi firmado terça-feira à noite na capital belga, num encontro entre Puigdemont, líder do partido Juntos Pela Catalunha, e Marta Rovira, vice-presidente da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC). Os dois líderes discutiram várias possibilidades de investir Puigdemont à distância, incluindo através de videoconferência via Skype ou de uma declaração lida no Parlamento Catalão por outro deputado.

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Nenhuma destas possibilidades está prevista no regulamento interno do Parlamento, o que obrigaria os partidos separatistas a alterá-lo. No entanto, para o fazerem precisam de ter maioria absoluta, que não têm devido à ausência de Puigdemont e dos outros ex-conselheiros refugiados em Bruxelas e dos três deputados eleitos que se encontram em prisão preventiva.

Fonte da ERC garantiu ontem que os serviços jurídicos do partido estão a analisar a melhor solução, mas há no campo separatista quem defenda que não é preciso alterar nada, já que a tomada de posse à distância não está prevista mas também não está expressamente proibida nos regulamentos.

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Quem não está pelos ajustes são os partidos constitucionalistas, que apesar de estarem em minoria, garantem que não aceitarão que a lei seja contornada. É o caso do PP, que já avisou que não hesitará em recorrer aos tribunais para travar esta "nova ilegalidade" dos separatistas. Já a líder do Cidadãos, Inés Arrimadas, que foi a candidata mais votada nas eleições de dezembro, disse que a Catalunha "não pode ter um presidente holograma".

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