Schulz abandona coligação de governo com Merkel na Alemanha
SPD anuncia que partido vai dedicar-se a liderar a oposição.
As primeiras consequências das eleições na Alemanha começam a tomar forma. Como já tinha anunciado na campanha eleitoral, Martin Schulz, líder dos socias-democratas do SPD vai romper a grande coligação que governou o país nos últimos quatro anos.
"Com o resultado desta noite, a cooperação entre a CDU [partido de Merkel] e o SPD vai acabar. Estamos todos de acordo em tornar-nos no maior partido da oposição", disse Shulz em reação às primeiras projeções, que dão ao partido do ex-presidente do Parlamento Europeu 20% dos votos, longe dos 32% de Merkel. Esta é a pior votação de sempre dos socias democratas.
"A nossa próxima tarefa é cerrar fileiras e trabalhar ombro a ombro como um partido outra vez. Discutiremos os resultados sem 'ses' ou 'mas' e tiraremos tempo para pensar", disse Schulz este domingo, citado pelo Guardian
O líder dos sociais-democratas admite a deceção pelos resultados. "Esta é outra hora amarga na nossa história, mas a social-democracia tem sobrevivido e tem conseguido mostrar a sua força - mesmo quando confrontada com um partido da exprema-direita que mostrou a sua cara feia", acrescentou Schulz, numa alusão ao resultado do partido AfD, que cheogu a 13,5 % dos votos e elegeu pela primeira vez parlamentares de extrema-direita para o Bundestag, facto inédito desde o final da II Guerra Mundial.
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