Ministro russo pede para ver provas de ataque químico na Síria

Estados Unidos estão prontos a agir de novo caso exista outro ataque.

14 de abril de 2018 às 16:24
Vasily Nebenzya Foto: EPA
António Guterres, secretário-geral da ONU Foto: Reuters
António Guterres Foto: Getty Images
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A reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, requerida pela Rússia, sobre os ataques realizados este sábado pelos Estados Unidos, em conjunto com o Reino Unido e a França, contra alvos na Síria, já está a decorrer.

Uma breve intervenção do secretário-geral das Nações Unidas marcou o início dos trabalhos. António Guterres pediu uma investigação "aprofundada e independente" aos alegados ataques em Douma e que se evite uma situação "fora de controlo" na Síria

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"Insto todos os Estados-membros [a] que mostrem moderação nestas perigosas circunstâncias", referiu.

Ministro russo pede para ver provas de ataque químico na Síria

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"Eles disseram que os factos eram incontestáveis, mas que não os podem partilhar connosco", disse Lavrov num encontro com jornalistas em Moscovo, citado pela BBC.

"Não nos dão mais nada, limitam-se a citar meios de comunicação, redes sociais e o vídeo, o que é absurdo da parte de especialistas", acrescentou, citado pela agência russa Tass.

EUA prontos a agir de novo caso exista outro ataque químico

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"Estamos confiantes que incapacitámos o programa de armas químicas da Síria. Estamos preparados para manter esta pressão, se o regime sírio for insensato o suficiente para testar a nossa vontade", disse a embaixadora dos Estados Unidos junto da ONU.

Rússia acusa EUA, Reino Unido e França de "hooliganismo diplomático"

Vasily Nebenzya, que falava na reunião do Conselho de Segurança da ONU, considerou que os ataques "tornam uma situação humanitária catastrófica ainda pior".

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O embaixador pediu por isso ao Conselho que vote favoravelmente o projeto de resolução que Moscovo apresentou, no qual defende que a ONU condene a "agressão" armada ocidental contra a Síria, a qual "viola o Direito Internacional e a Carta das Nações Unidas".

Projeto de resolução russo pede que ONU condene ataques

Projeto de resolução russo pede que ONU condene ataques

A Rússia distribuiu, pouco antes de uma reunião de emergência requerida por Moscovo, um projeto de resolução que pede à ONU que condene a "agressão" armada ocidental contra a Síria. Este projeto foi rejeitado pelo Conselho de Segurança.

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O projeto de resolução de cinco parágrafos, citado pela agência francesa France Presse (AFP), refere uma "grande preocupação" perante a "agressão" contra um Estado soberano que viola, segundo Moscovo, "o Direito Internacional e a Carta das Nações Unidas".

A Rússia, um aliado do regime sírio, é um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU com poder de veto.

Macron diz que Conselho Segurança deve retomar agora a iniciativa

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Macron, que falou hoje telefonicamente com o presidente norte-americano, Donald Trump, e com a primeira-ministra britânica, Theresa May, "congratulou-se com a excelente coordenação" entre as forças dos três países e com o resultado dos ataques, que "atingiram os seus objetivos", segundo um comunicado da presidência francesa.

"O Conselho de Segurança das Nações Unidas deve agora retomar, com unidade, a iniciativa nas vertentes política, química e humanitária na Síria, para garantir a proteção das populações civis e para que o país encontre finalmente a paz", lê-se no texto.

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