Sniper da polícia brasileira mata homem que mantinha refém a ex-mulher em bairro de São Paulo
Filho do casal conseguiu escapar ileso. Agressor ameaçou matar a antiga companheira.
Um drama familiar entre um casal em processo de separação, com violência e risco à vida da ex-esposa, terminou este domingo na morte de um homem de 45 anos abatido por um sniper da Polícia Militar num apartamento de Pinheiros, bairro nobre da cidade brasileira de São Paulo. A ex-mulher do agressor não ficou gravemente ferida, mas teve de ser hospitalizada por estar em estado de choque.
O homem mantinha a ex-mulher dominada e sob a ameaça de uma faca quando a polícia chegou, alertada por vizinhos que ouviram os gritos de socorro dela, quando num determinado momento conseguiu soltar-se e correr para a varanda do apartamento, no sexto andar, para pedir ajuda.
Pouco depois das 8h45 locais (11h45 em Lisboa), um forte efetivo da Polícia Militar entrou no edifício, posicionando-se no corredor em frente ao apartamento onde o casal estava e em outros onde houvesse visibilidade. O prédio, na Rua Mateus Grou, foi cercado.
Negociadores do GATE, Grupo de Acções Tácticas Especiais, especializados em casos com reféns, foram chamados e durante cerca de 40 minutos tentaram convencer o agressor a libertar a ex-esposa, mas em vão. O homem, extremamente alterado, ameaçava o tempo inteiro matar a ex-mulher, mas não chegou a esfaqueá-la.
A dada altura, no entanto, o estado psíquico do agressor piorou ainda mais, e ele, gritando que nem ele, nem ela sairiam vivos daquela situação, começou a usar a faca para se golpear, altura em que a polícia decidiu agir por elevado risco de a vítima ser assassinada.
Um sniper posicionado num ponto estratégico nas redondezas, de onde conseguia visualizar o casal, atirou e o homem caiu morto, enquanto a sua vítima era resgatada segundos depois, completamente transtornada por tudo o que acabara de vivenciar.
O filho do casal, uma criança que antes da chegada da polícia pedia desesperadamente ao pai para não maltratar a mãe, conseguiu sair do apartamento e foi acudida por vizinhos, que tomaram conta dela. Até à tarde deste domingo, a SSP-SP, Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, ainda não tinha divulgado mais detalhes sobre a operação nem os motivos que levaram o homem abatido pelo sniper a cometer tal ato.
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