Sobreviventes de massacre da Flórida exigem limites à venda de armas
Estudantes manifestaram-se junto ao Congresso estadual, que recusa debater assunto.
Dezenas de adolescentes que sobreviveram ao tiroteio que na semana passada causou a morte de 17 colegas e professores na escola secundária de Parkland, na Florida, manifestaram-se ontem junto ao Congresso estadual para exigir a proibição da venda de espingardas semiautomáticas como a que foi usada pelo autor do massacre.
"Estamos aqui para exigir mudanças e acredito que vamos conseguir", afirmou Noah Kaufman, de 16 anos, referindo-se não só ao protesto de ontem mas também ao movimento estudantil que foi lançado após o massacre e que tem já agendado um grande protesto em Washington, a 24 de março.
Apesar deste movimento nacional, que continua a ganhar apoios, os estudantes viram na véspera o Senado estadual rejeitar uma proposta para discutir a proibição de venda de espingardas semiautomáticas a menores de 21 anos.
A mesma maioria republicana que rejeitou debater a proposta aprovou de seguida uma resolução que declara a pornografia como "ameaça à saúde pública", facto que foi ironicamente referido por vários estudantes, os quais garantiram, no entanto, que não vão baixar os braços.
Trump recebe alunos e admite mudanças
O presidente Donald Trump recebeu ontem um grupo de sobreviventes de vários massacres com armas de fogo, incluindo alunos do liceu de Parkland, um dia após ter admitido pela primeira vez no mandato alterar a legislação sobre a venda de armas. Para já, Trump pretende proibir a venda de ‘bump stocks’, dispositivos que permitem tiro contínuo numa arma semiautomática, mas admitiu também discutir "outras propostas".
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