Sugadores do Universo aumentam de tamanho
Dois buracos negros chocaram a 1,3 mil milhões de anos-luz da Terra. Buraco resultante cresceu em tamanho.
“Um buraco negro é um corpo celeste com grande atração gravitacional. Toda a luz que entre no chamado horizonte de acontecimentos nunca mais conseguirá reemergir”, de acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa.
A primeira imagem de um buraco negro data de 10 de abril de 2019 e foi captada pelo Event Horizon Telescope, ainda que, pelas suas características, não possa ser visto diretamente. “No entanto, existe um disco quente de matéria a orbitar em torno dos buracos negros, que ajuda na sua observação”, explica o Observatório. Faltava saber o que acontecia à área resultante da fusão de dois buracos negros.
Em 1971, o físico e cosmólogo britânico Stephen Hawking, que dedicou a vida a descodificar os segredos do Universo, concluiu que aumentava. A teoria confirmou-se agora, mais de 50 anos depois. A deteção de ondas gravitacionais com origem num fenómeno cósmico ocorrido em janeiro deste ano, a que foi dado o nome de GW250114, permitiu aos cientistas do consórcio internacional LIGO-Virgo-KAGRA validar as previsões de Hawking.
A 14 de janeiro, foi registada a fusão de dois buracos negros, localizados a 1,3 mil milhões de anos-luz da Terra, de que resultou um único buraco negro ainda maior, girando a 100 rotações por segundo, revelou a revista científica ‘Physical Review Letters’. Tinham uma área conjunta de 240 mil quilómetros quadrados antes da fusão. Após o choque, o novo buraco negro apresentou uma área de 400 mil quilómetros quadrados, quase o dobro do tamanho inicial. Hawking estava certo.
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