A edição de hoje
Universo pode começar a contrair e colapsar sobre si próprio.
“É um momento dramático. Podemos estar a testemunhar uma mudança de paradigma na nossa compreensão do Universo.” O espanto de Ofer Lahav, professor de astronomia na University College London, em declarações à BBC News, resulta da mais recente descoberta sobre a chamada energia escura - uma força misteriosa que está a empurrar todas as estrelas e galáxias para longe umas das outras a um ritmo cada vez mais rápido.
Se a energia escura for constante, o Universo vai continuar a expandir-se indefinidamente, tornando-se cada vez mais frio, solitário e imóvel. Mas se diminuir com o tempo, a hipótese mais razoável, então o Universo vai parar de se expandir e começar a contrair, colapsando sobre si próprio, fenómeno que os cientistas designam de Big Crunch, o inverso do Big Bang - que criou o Universo.
Estima-se que 70% a 75% do cosmos seja composto por energia escura - descoberta em finais da década de 90 do século passado. O DESI - Instrumento Espetroscópico de Energia Escura já mapeou 15 milhões de galáxias e quasares, em 3D, e deverá mapear 50 milhões até ao final do próximo ano.
No final, será possível perceber com maior exatidão até que ponto o Universo é diferente da imagem que temos hoje dele.
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