‘Superministério’ para gerir área económica no Brasil
Bolsonaro vai juntar Finanças, Planeamento, Indústria e Comércio Externo numa só pasta.
O próximo governo do Brasil, que tomará posse em janeiro sob o comando do presidente Jair Bolsonaro, vai ter um ‘superministério’ responsável por toda a área económica.
A ideia, já avançada há algum tempo por Bolsonaro mas que sofreu avanços e recuos ao longo da campanha eleitoral, foi confirmada na primeira reunião oficial de preparação do futuro executivo.
A nova pasta, o Ministério da Economia, reunirá as atuais pastas das Finanças, Planeamento, Indústria e Comércio Externo. À frente dessa poderosa pasta estará Paulo Guedes, economista que fez fortuna no mercado financeiro comandando bancos e corretoras de investimentos e que foi o principal conselheiro económico de Bolsonaro durante a campanha.
Com a confirmação da fusão de todas estas pastas numa só, Bolsonaro quebrou uma promessa feita a grupos empresariais de não incluir no novo ministério a pasta da Indústria.
Os líderes empresariais consideram que subordinar a Indústria ao mesmo órgão que cria impostos e centraliza todas as decisões económicas prejudica o setor e gera conflitos que deviam ser evitados.
Entretanto, Bolsonaro admitiu na terça-feira, durante um discurso num culto evangélico no Rio de Janeiro para agradecer a eleição, que tem noção de que "não é o mais capacitado" para ocupar o cargo.
"Mas Deus capacita os escolhidos", acrescentou o presidente eleito do Brasil.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt