Suspeitos do atropelamento mortal em Madrid não estavam convidados para o casamento
Sobrinho do português terá tido um relacionamento com a noiva.
O português, de 35 anos, acusado de atropelar mortalmente quatro pessoas, este domingo, nos arredores de Madrid não foi convidado para a festa de casamento.
O homem, Micael da Silva Montoya, que foi identificado pela Guardia Civil espanhola juntamente com os filhos menores a 50 quilómetros de Torrejón, foi convidado para a cerimónia religiosa, mas foi excluído do copo de água, escreve o jornal El Mundo.
Segundo alguns familiares, citados pelo jornal, o sobrinho, teve, em tempos, um relacionamento com a noiva e por isso a família do noivo decidiu não convidá-los.
O suspeito estava na igreja com os dois filhos e o sobrinho, mas sabia de antemão que não podiam comparecer na festa que decorreu no restaurante El
Rancho de Torrejón, onde compareceram 250 pessoas. Ainda assim, o homem de nacionalidade portuguesa e os seus familiares ter-se-ão deslocado para o recinto por volta da meia-noite para entregarem um presente ao casal. Existiram alguns momentos de tensão no restaurante, tendo os homens saído de bom grado para o exterior. Já na rua, começaram as agressões. Os homens ter-se-ão desentendido com os familiares do noivo e partiram para as agressões. O cidadão português terá saído do restaurante e dirigiu-se para o carro e acabaram por esperar no seu interior. Por volta das 2h30 (01h30 em Lisboa), os familiares dos noivos começaram a sair. Foi nesse momento que o suspeito abalroou as pessoas que estavam à porta do restaurante. Polícia descarta fugitivo em atropelamento que vitimou quatro pessoas A polícia espanhola descarta que haja um fugitivo no caso do atropelamento mortal de quatro pessoas, no domingo, na região de Madrid, cujo autor foi um homem português já detido, segundo fontes policiais citadas pela agência de notícias EFE.
Segundo informações publicadas pela imprensa espanhola no domingo, citando fontes da Guarda Civil de Espanha, além do português detido, que conduzia o carro que atropelou mortalmente quatro pessoas em Torrejón de Ardoz, nos arredores de Madrid, um outro homem, de 18 anos, sobrinho do condutor, também seguia no veículo e tinha fugido.
No entanto, esta segunda-feira, a Polícia Nacional de Espanha, a quem entretanto foi entregue o caso, descartou o envolvimento do sobrinho do condutor no atropelamento, por as investigações entretanto desenvolvidas terem levado à conclusão de que não estava dentro do carro, segundo fontes policiais citadas pela agência de notícias EFE.
O português foi detido pela Guarda Civil no domingo por suspeita do atropelamento mortal, depois de ter fugido do local, com dois filhos menores dentro do carro.
O homem foi entregue à Polícia Nacional, enquanto os dois filhos menores, de 16 e 17 anos, que o acompanhavam, foram entregues à mãe pelas autoridades.
Segundo as mesmas informações publicadas esta segunda-feira pela EFE, tanto o homem como os filhos são portugueses, no entanto, fonte da embaixada portuguesa em Madrid disse à Lusa que o detido tem documentos portugueses, mas os menores têm documentação espanhola.
A Fundação Secretariado Cigano, uma organização espanhola, condenou, esta segunda-feira, o atropelamento e pediu para não se mencionar a etnia dos envolvidos neste tipo de acontecimentos.
"Condenamos firmemente o atropelamento mortal de quatro pessoas ontem [domingo] em Torrejón de Ardoz, solidarizamo-nos com as famílias das vítimas e pedimos aos meios de comunicação um tratamento adequado a estes factos, evitando a menção da etnia neste tipo de acontecimentos", pediu a fundação, numa mensagem publicada nas redes sociais.
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