Tarifas sobre importações a anunciar por Trump são "dia da recessão" segundo Democratas
"Tarifas vão levar a preços mais altos" no país, adiantou o líder da minoria democrata na câmara baixa do Congresso.
O líder da minoria democrata na Câmara dos Representantes norte-americana defendeu, esta quarta-feira, que as tarifas sobre importações a anunciar por Donald Trump farão deste dia "o dia da recessão", e não "da libertação" como referido pelo Presidente.
"Trump e os republicanos da Câmara dos Representantes não estão a fazer nada em relação à crise dos preços nos Estados Unidos", disse o congressista Hakeem Jeffries numa conferência de imprensa no Congresso.
"As tarifas vão levar a preços mais altos" no país, adiantou o líder da minoria democrata na câmara baixa do Congresso.
O líder da minoria no Senado, o democrata Chuck Schumer, acusou o Presidente de estar a tirar dinheiro às famílias norte-americanas com medidas como o aumento de tarifas.
"Em que tipo de bolha vive este homem que não compreende que, quando uma família média é informada de que vai ter de pagar mais 5.000 dólares pelas coisas que compra, não pode comprar um carro novo, ou ir de férias como planeou durante todo o ano", disse Schumer à comunicação social.
O senador referiu-se especialmente às taxas que o Presidente poderia aplicar ao Canadá, país com o qual o Presidente tem travado uma batalha comercial desde o seu regresso à Casa Branca.
Depois de Donald Trump ter anunciado nos últimos meses aumentos de 25% dos direitos aduaneiros sobre as importações de aço, alumínio, automóveis e peças de automóveis, deverá esta noite anunciar novas taxas que podem ascender a 20%, sobre a maioria das importações, no que chamou de "Dia da Libertação".
Trump quer agora implementar taxas idênticas às que são aplicadas aos produtos norte-americanos exportados.
A Casa Branca (presidência norte-americana) referiu na terça-feira que as novas tarifas devem entrar em vigor no imediato.
A 04 de março, Trump impôs tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e do México, mas estabeleceu uma moratória de um mês sobre os produtos provenientes destes dois países abrangidos pelo acordo de comércio livre entre estes países.
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