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Chegou o 'Dia da Libertação': Trump confirma muro tarifário nos EUA

Qual será o impacto do pacote de tarifas alfandegárias dos EUA no mundo?

02 de abril de 2025 às 21:15

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou um prometido pacote de tarifas, esta quarta-feira, que irá 'libertar' os EUA de produtos e bens estrangeiros. 

Trump sugeriu, porém, que admite ser flexível em relação às tarifas, desde que as nações visadas pelas medidas alfandegárias dos EUA aceitem negociar. E que, naturalmente, beneficiará aquelas que melhor tratem os Estados Unidos. 

A maioria das análises económicas indicam que as famílias americanas irão absorver o custo das tarifas com preços mais elevados dos bens e salários mais baixos, segundo indica a agência AP. Certo será, também, o aumento da inflação nos EUA, mas Trump já assumiu que essa será uma situação temporária. Só não revelou qual o espaço de tempo. 

Mas qual será o impacto do "Dia da Libertação" no mundo? 

União Europeia penalizada

Trump impôs tarifas alfandegárias de 20% a todas as importações provenientes da União Europeia. 

Com uma tabela física, onde apresentou as tarifas recíprocas, o presidente norte-americano afirma que a Europa cobra tarifas de 39% aos EUA e as novas taxas surgem como resposta.

Todo o mundo visado 

A administração Trump confirmou tarifas de base de 10% sobre todas as importações e anunciou taxas específicas a cerca de 60 países, incluindo a Índia, Japão, Reino Unido e Brasil.

A maioria dos líderes mundiais vê as tarifas como algo destrutivo para a economia mundial, mesmo que estejam preparados para retaliar contra os EUA. 

Ataque ao setor automóvel 

O Diário Oficial do Governo Federal dos EUA já havia anunciado, esta quarta-feira, que as tarifas de 25% sobre automóveis fabricados no estrangeiro e componentes entrarão em vigor às 00h01 do dia 3 de abril, quinta-feira. Donald Trump confirmou a decisão.

A imposição pode levar à perda de cerca de 300 000 empregos no setor automóvel alemão. Empresas como a Mercedes-Benz e a Volkswagen admitiram que terão de se adaptar à nova situação. 

Numa entrevista à cadeia de televisão NBC News, no sábado, Donald Trump admitiu que o possível aumento de preços dos veículos, na sequência das tarifas, não o incomoda, porque os automóveis americanos poderão ter preços mais competitivos. Só não disse como os consumidores iriam reagir a este condicionalismo na escolha. 

"Espero que aumentem os preços, porque se o fizerem, as pessoas irão comprar carros feitos na América", afirmou o presidente norte-americano. 

China alerta  

Na China, já vigoravam tarifas de 10% sobre todos os produtos chineses desde o dia 4 de março, às quais se acrescentaram, esta quarta-feira, mais 24%. No total, serão aplicadas tarifas de 34%. 

O governo chinês disse, previamente, que as tarifas irão prejudicar o sistema económico global. "Não há vencedores em guerras comerciais ou tarifárias. Nenhum desenvolvimento e prosperidade de um país é alcançado através da imposição de tarifas", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun. 

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