"Temos de liderar pelo exemplo": Daniel Chapo toma posse e inicia "uma nova era" para Moçambique

Daniel Chapo já tomou posse como o quinto Presidente da República de Moçambique, esta quarta-feira.

"Juro por minha honra respeitar e fazer respeitar a constituição do cargo da República de Moçambique. A democracia é o bem-estar do povo Moçambicano. Hoje iniciamos juntos uma nova era para Moçambique. O nosso diálogo com as forças políticas será sempre franco, honesto e sincero. A estabilidade social e política é a nossa prioridade das prioridades. Estamos a atravessar tempos difíceis e não podemos nem devemos ignorar os desafios que enfrentamos diariamente", garantiu o atual presidente.

Daniel Chapo indicou a saúde e educação como prioridades: "Estamos aqui para servir e não para nos servirmos. Lutaremos para defender os direitos do povo. Não haverá espaço para a corrupção".

O atual presidente declarou que o povo estará no "centro de todas as decisões". "Quero que cada moçambicano seja o maior fiscal deste país, porque esta luta é de todos nós. Moçambique não pode continuar a ser refém da corrupção e inércia, justiça e de todos os vícios e desvios da boa conduta dos servidores públicos", continuou.

"Temos de liderar pelo exemplo. Queremos um Estado que funciona à vista de todos, com transparência", defendeu Daniel Chapo.

No início da cerimónia, na Praça da Independência, falou Filipe Nyusi que cumpriu dois mandatos como Presidente da República e a quem sucede Daniel Chapo.

Filipe Nyusi felicitou Chapo pela vitória e sucesso: "Estarei à sua disposição para dar apoio a tudo o que for necessário".

Nyusi agradeceu também ao povo moçambicano: "Ao fim de uma década de caminhada de mãos dadas ao serviço da nossa pátria, é um enorme privilégio dirigir-me aos moçambicanos. Queremos exprimir enorme gratidão ao povo moçambicano sermos seus servidores".

Daniel Chapo, investido esta quarta-feira quinto Presidente de Moçambique, é o primeiro chefe de Estado nascido após a independência e que, apoiado pela Frelimo, no poder, assume o país entre a maior contestação aos resultados eleitorais que a nação conheceu.