Terrorista da Nova Zelândia usou redes sociais como arma

Brenton Tarrant planeou de forma minuciosa a divulgação dos ataques a mesquitas.

21 de março de 2019 às 01:55
Brenton Tarrant é um dos autores dos ataques a mesquitas na Nova Zelândia Foto: Direitos Reservados
Brenton Tarrant é um dos autores dos ataques a mesquitas na Nova Zelândia Foto: Direitos Reservados
Terrorista Brenton Tarrant em tribunal Foto: Reuters
Terrorista Brenton Tarrant em tribunal Foto: Reuters
Começaram os funerais das vítimas do massacre na Nova Zelândia Foto: Reuters
Começaram os funerais das vítimas do massacre na Nova Zelândia Foto: Reuters

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O atentado na Nova Zelândia da passada sexta-feira, que matou 50 pessoas, foi transmitido em direto no Facebook e rapidamente se tornou viral no YouTube e no Twitter. Brenton Tarrant, autor do massacre, estudou a melhor forma de publicitar e difundir o ataque.

Só uma hora após entrar em direto é que as redes sociais conseguiram apagar o vídeo.

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O terrorista utilizou uma câmara na cabeça para gravar o massacre e transmiti-lo. A dificuldade que Facebook e YouTube tiveram em impedir a propagação do vídeo permitiu que milhões de pessoas assistissem ao cenário de terror nas duas mesquitas de Christchurch.

Tarrant promoveu o ataque e o ‘live’ nas redes sociais aludindo ao famoso Youtuber PewDiePie, seguido por milhões de pessoas e conhecido por publicar vídeos antissemitas.

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PewDiePie demarcou-se, mas a divulgação "não propositada" para os seus milhões de seguidores deu notoriedade a Tarrant. Antes de as gigantes tecnológicas reagirem, o massacre foi transmitido no YouTube, comentado no Reddit e espalhado pelos media. 

Apenas cerca de uma hora após o crime, e depois de milhões de pessoas terem visto, comentado e divulgado o massacre, é que o vídeo foi finalmente apagado.

Um especialista afirmou à CNN que divulgar este tipo de ataques incentiva outros a imitarem o sucedido.

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