Terrorista em saída precária mata três na Bélgica
Benjamin Herman cumpria pena por roubo e agressão. Converteu-se ao Islão na cadeia e estava sinalizado como possível radical.
O atacante foi identificado pelas autoridades como Benjamin Herman, um cidadão belga, de 36 anos, com um longo cadastro criminal e considerado "violento". Estava atualmente a cumprir pena por roubo e agressão numa cadeia dos arredores da cidade, mas tinha-lhe sido concedida uma saída precária de 48 horas na segunda-feira.
Ontem de manhã, armado com um x-ato, atacou duas polícias pelas costas numa rua do centro de Liège, esfaqueando-as várias vezes na zona do pescoço. Com as vítimas caídas no chão, roubou-lhes as armas de serviço e matou-as com um tiro na cabeça enquanto gritava "Alá é grande". De seguida, disparou contra uma viatura estacionada nas imediações, matando um jovem de 22 anos que estava o volante, antes de entrar num liceu e fazer refém uma mulher da limpeza. Quando a polícia chegou ao local, saiu do edifício a disparar, ferindo quatro agentes antes de ser abatido. A refém e os alunos conseguiram escapar incólumes.
Segundo a imprensa belga, Benjamin Herman converteu-se ao Islão na cadeia e estava há um ano sob vigilância por suspeita de radicalização. Mesmo assim, nos últimos meses foi autorizado a deixar a cadeia pelo menos 14 vezes em saídas precárias. A polícia acredita ainda que terá estado envolvido num assalto a uma joalharia, na segunda-feira à tarde, e na morte de um traficante de droga, seu antigo cúmplice, no mesmo dia à noite.
As autoridades estão a investigar o ataque como terrorismo, devido às ligações radicais de Herman. O objetivo do atacante seria "matar polícias", disse ontem o comandante local da gendarmeria.
As vítimas do tiroteio:
Cyril Vangriecke era estudante e tinha 22 anos. Foi morto no carro à frente da mãe.
Soraya Belkacemi tinha 45 anos, era casada e mãe de gémeos com 13 anos. Estava na polícia desde os 21 anos.
Lucille Garcia era uma agente com 53 anos, que tinha casado há um mês e já era avó.
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