Theresa May procura apoio de parceiros europeus
Faz périplo europeu para tentar evitar que projeto de Brexit seja chumbado no parlamento.
Um dia depois de adiar a votação do acordo de Brexit no parlamento britânico, para evitar um chumbo de consequências imprevisíveis, a primeira-ministra britânica, Theresa May, foi esta terça-feira pedir ajuda aos líderes europeus, mas recebeu um ‘não’ unânime a novas negociações do acordo de saída.
May encontrou-se em Haia com o PM holandês, Mark Rutte, voou depois para Berlim para reuniões com a chanceler Angela Merkel e manteve ainda encontros em Bruxelas com os presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia, respetivamente Donald Tusk e Jean-Claude Juncker.
De todos recebeu garantias de apoio, mas, como frisou Tusk, "a questão é saber como ajudar". A mensagem geral foi transmitida por Merkel e repetida por Juncker: "O acordo é o único possível. Não há mais espaço para renegociação." A única coisa que a UE aceita fazer é uma interpretação mais favorável do texto, mas este já não pode ser alterado.
Se o acordo for chumbado no parlamento, May pode perder a liderança do Partido Conservador e a chefia do governo.
Apesar disso, garante que o Brexit irá a votos antes de 21 de janeiro. Até lá, continuará a procurar garantias da UE.
PORMENORES
Moção de censura
Os eurocéticos conservadores terão já reunido os apoios suficientes para convocar uma moção de censura a Theresa May, mas a PM britânica recusou ontem confirmar a veracidade desta notícia que foi avançada pela Sky News.
Revogar o Artigo 50
O PM irlandês, Leo Varadkar, considerou ontem que o Reino Unido pode evitar o risco de um Brexit sem acordo mediante a revogação do Artigo 50 dos tratados europeus ou conseguindo um alargamento do prazo para a negociação da saída, tal como previsto nesse artigo.
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