TOUMAÏ NO CENTRO DA POLÉMICA

A comunidade científica internacional está agora dividida quanto à recente descoberta do nosso “parente” mais velho.

13 de julho de 2002 às 23:17
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Toumaï, o crânio de um hominídeo com sete milhões de anos descoberto no Chade, poderá não ser bem aquilo que aparenta-- pelo menos é o que afirma um grupo de cientistas que, no ano passado, desenterrou no Quénia, os restos mortais de outro hominídeo um pouco mais novo.

Brigitte Senut, do Museu de História Natural, em Paris, França, e membro da equipa que descobriu no Quénia um crânio com seis milhões de anos, colocou algumas reticências relativamente ao novo fóssil. Senut afirmou que o crânio encontrado na África do Sul, pelo professor Michael Brunet e respectiva equipa, se parece com o crânio de uma antiga gorila fêmea, até porque a estrutura facial e os pequenos caninos só podem pertencer a uma fêmea, não se podendo assim concluir que se trata de um hominídeo.

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O polémico anúncio veio pôr em causa a descoberta de um crânio quase completo, com dois fragmentos de maxilares e três dentes, que foi descrito pelo jornal “Nature” como pertencente ao mais antigo antepassado do homem actual e que foi esta semana considerado como a mais importante descoberta antropológica alguma vez encontrada.

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