Tribunal libertou mais um suspeito dos ataques na Catalunha
Apenas dois dos quatro membros da célula inicialmente detidos continuam presos.
Salah El Karib, de 34 anos, foi libertado "devido à inexistência de elementos indiciários suficientemente sólidos" para justificar a prisão preventiva. Na terça-feira, o juiz Andreu tinha dado 72 horas à polícia para apresentar provas concludentes de que El Karib pertencia à célula terrorista, o que não aconteceu.
O marroquino, que é proprietário de uma loja de telecomunicações em Ripoll, alegou no seu depoimento em tribunal que se limitou a usar o seu cartão de crédito para comprar bilhetes de avião para dois membros da célula, a troco de uma comissão monetária.
El Karib terá de entregar o passaporte e apresentar-se semanalmente à polícia, tal como o outro suspeito que foi libertado na terça-feira, Mohamed Aalla, irmão de um dos terroristas abatidos em Cambrils.
Os dois terroristas que continuam detidos e que foram já formalmente acusados de organização terrorista e homicídio são Driss Oukabir, irmão de outro dos atacantes de Cambrils, e Mohamed Chemlal, que ficou ferido na explosão acidental na casa de Alcanar, onde os terroristas preparavam as bombas.
Imã foi preso com 136 quilos de haxixeO líder da célula, Abdelbaki es-Satty, foi preso em 2010 com 136 quilos de haxixe e foi condenado a quatro anos de prisão. "Não parecia radical, usava calças de ganga", diz o advogado que evitou que fosse expulso após cumprir pena.
PORMENORES
Célula preparou 15 bombas
Auto do juiz de instrução diz que a célula terrorista tinha "15 bombas prontas a explodir" na casa de Alcanar, incluindo um cinto de explosivos que deveria ter sido usado pelo imã.
Bélgica pediu informações
A polícia belga contactou em 2016 a polícia catalã para pedir informações sobre o imã Abdelbaki es-Satty, que procurava emprego na Bélgica.
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