Trump admite que a sua paciência com Putin está a "esgotar-se rapidamente"
Trump adiantou que essas passariam por visar "os bancos e também em relação ao petróleo".
O Presidente norte-americano, Donald Trump, admitiu esta sexta-feira que a sua paciência com o homólogo russo, Vladimir Putin, está a "esgotar-se rapidamente" e levantou a possibilidade de sanções contra bancos e o setor petrolífero russo.
Apesar de não apresentar qualquer data ou detalhes sobre as ameaças de sanções, Trump adiantou que essas passariam por visar "os bancos e também em relação ao petróleo" e também por aplicar novos direitos aduaneiros
"Mas eu já fiz isso, já fiz muito", disse Trump, que defendeu que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também precisa de ser convencido a pôr fim ao conflito.
"São precisos dois para dançar o tango", argumentou Trump, defendendo que quando Putin queria, alegadamente, manter negociações de paz, "Zelensky não queria" e que "quando Zelensky quis, Putin não quis".
Durante a sua entrevista no programa "Fox and Friends" no canal Fox News, o Presidente foi questionado sobre a violação do espaço aéreo polaco por drones russos na terça-feira, ao que respondeu na defensiva, após ter afirmado que o incidente poderia ter sido um erro da Rússia.
"Não quero defender ninguém, mas eles (os drones) foram de facto abatidos", disse Trump.
Em resposta, Varsóvia sublinhou à Casa Branca de que se tratou de um ato deliberado.
"Gostaríamos que o ataque com drones sobre a Polónia tivesse sido um erro, mas não foi. E nós sabemos disso", afirmou hoje o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, numa mensagem nas redes socais.
Também a Alemanha corroborou que o ataque foi deliberado, no mesmo dia em que os 19 engenhos atravessaram a fronteira da Polónia.
Washington está disposto a impor direitos aduaneiros adicionais aos compradores de petróleo russo, como a China e a Índia, desde que a União Europeia (UE) faça o mesmo, a fim de paralisar a economia de guerra russa, disse um responsável norte-americano à agência de notícias francesa France-Presse na terça-feira.
Trump reuniu-se no mês passado com Putin no Alasca e com Zelensky em Washington, afirmando na altura que estavam a ser feitos esforços para serem realizadas duas reuniões, bilateral (Putin-Zelensky) e uma trilateral em que também iria estar presente.
Desde então as negociações estagnaram por completo, com a guerra que teve início em 2022 a prosseguir e com os bombardeamentos a Kiev a se intensificarem.
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