Trump alvo de investigação por dizer que antiga legisladora devia ter armas a disparar contra a "cara dela"

Candidato republicano acusou Liz Cheney de ser belicista e afirmou que legisladora devia ter armas apontadas para "ver como ela se sente".

04 de novembro de 2024 às 00:00
Imagem 53284685.jpg (22861446) (Milenium) Foto: Mike Blake/Reuters
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O procurador-geral do Arizona, nos EUA, afirmou que está a decorrer uma investigação sobre os recentes comentários de Donald Trump direcionados à antiga legisladora Liz Cheney. A investigação quer perceber se o candidato presidencial republicano violou a lei estadual por insinuar que deveriam ser apontadas armas a Cheney. “Ela é uma guerreira radical”, disse Trump sobre Cheney. “Vamos pô-la com uma espingarda ali, com nove canos a disparar contra ela, está bem? Vamos ver como ela se sente, sabe, quando as armas estão apontadas para a cara dela”, referiu Trump, num evento de campanha no estado do Arizona, na quinta-feira. 

Em declarações a uma estação de televisão local na sexta-feira, o procurador-geral do Arizona, Kris Mayes, disse que Trump pode ter violado as leis estatais, uma vez que estas proíbem as ameaças de morte, indica a Reuters.

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“Já pedi ao meu chefe da divisão criminal que começasse a olhar para essa declaração, analisando se se qualifica como uma ameaça de morte de acordo com as leis do Arizona”, disse Mayes. 

Responsáveis pela campanha de Donald Trump já saíram em defesa do candidato. 

“O Presidente Trump está 100% correto quando diz que os belicistas como Liz Cheney são muito rápidos a iniciar guerras e a enviar outros americanos para as combater, em vez de irem eles próprios para o combate”, explicou a porta-voz da campanha republicana Karoline Leavitt, num comunicado. 

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Kamala Harris já comentou o sucedido. A adversária de Donald Trump disse aos repórteres que o republicano “está cada vez mais instável e desequilibrado”, cita a Reuters.

“Qualquer pessoa que queira ser presidente dos Estados Unidos e que use esse tipo de retórica violenta é claramente não qualificada para ser presidente”, disse a democrata, em Madison, Wisconsin. 

Liz Cheney também reagiu aos comentários de Trump.  Num post nas redes sociais, escreveu: “É assim que os ditadores destroem as nações livres. Ameaçam de morte aqueles que falam contra eles. Não podemos confiar o nosso país e a nossa liberdade a um homem mesquinho, vingativo, cruel e instável que quer ser um tirano”, pode ler-se na rede social X.  

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