Trump trava resposta “desproporcionada”
“Não me agradou matar 150 pessoas para retaliar por abate de um drone não tripulado”, justificou presidente dos EUA.
O presidente Donald Trump mandou abortar, à última hora, um ataque retaliatório contra o Irão na quinta-feira à noite, por considerar "desproporcional" matar 150 pessoas como resposta ao derrube de um drone não tripulado norte-americano por um míssil iraniano, horas antes.
O jornal New York Times avançou que os aviões já estavam no ar, e os navios dos EUA na região do Golfo Pérsico encontravam-se em posição para lançar os ataques contra alvos iranianos quando o presidente deu a ordem para cancelar a missão.
"Estávamos preparados para retaliar contra três alvos diferentes quando eu perguntei quantas pessoas iriam morrer. Um general disse-me que seriam 150 e eu decidi abortar o ataque 10 minutos antes. Seria desproporcional ao derrube de um avião não tripulado", confirmou Trump no Twitter mais tarde.
Os ataques tinham como alvo radares e baterias antiaéreas iranianas e, segundo a Reuters, foram autorizados por Trump com o apoio unânime dos seus conselheiros de Segurança Nacional e do Pentágono. A decisão de abortar o ataque foi tomada, única e exclusivamente, por Trump.
Já com os aviões no ar, o presidente dos EUA terá feito chegar uma mensagem ao regime iraniano através do Qatar, avisando para os ataques iminentes e garantindo que os EUA não estavam interessados numa guerra com o Irão e queriam dialogar "sobre vários assuntos".
"Trump deu-nos um curto período de tempo para responder, mas nós avisámos que a única pessoa que poderia decidir isso era o líder supremo, Ayatollah Ali Khamenei", referiu fonte iraniana à Reuters, acrescentando que os americanos foram informados de que Khamenei "não deseja dialogar com os EUA".
O regime iraniano enviou ainda a mensagem de que qualquer ataque "teria graves consequências regionais e internacionais".
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