Trump viajou pelo menos oito vezes no jato particular de Epstein

Informação consta num 'e-mail' enviado por um procurador assistente de Nova Iorque que analisou os documentos do caso do predador sexual.

23 de dezembro de 2025 às 13:12
Jeffrey Epstein e Donald Trump Foto: Direitos Reservados
Partilhar

Entre os novos ficheiros relacionados com o caso do predador sexual Jefrey Epstein tornados públicos na segunda-feira, consta um 'e-mail' divulgado pelo Departamento de Justiça dos EUA onde se pode ler que “Donald Trump viajou no jato particular de Epstein muito mais vezes do que foi relatado anteriormente”.

O e-mail, citado pela CNN internacional, foi enviado a 7 de janeiro de 2020 por um procurador assistente dos EUA do Distrito Sul de Nova Iorque e faz parte de uma troca mensagens cujo assunto é: "Registos de voo de Epstein".

Pub

O remetente e o destinatário foram ocultados, mas na parte inferior do 'e-mail' consta "procurador assistente dos EUA, Distrito Sul de Nova Iorque", com o nome ocultado.

No 'e-mail' pode ainda ler-se: “Ele [Donald Trump] consta como passageiro em pelo menos oito voos entre 1993 e 1996, incluindo pelo menos quatro nos quais Maxwell [criminosa sexual condenada ligada a Epstein] também estava presente. Ele consta como tendo viajado com, entre outros e em diferentes ocasiões, Marla Maples, a sua filha Tiffany e seu filho Eric.”

“Num voo em 1993, ele e Epstein são os únicos dois passageiros listados; num outro, os únicos três passageiros são Epstein, Trump e um jovem de 20 anos na época”, com o nome omitido, pode ainda ler-se.

Pub

O Departamento de Justiça dos EUA afirma que quase 30.000 páginas adicionais de documentos relacionados a Jeffrey Epstein foram divulgadas, mas recomenda cautela em relação a algumas citações que fazem referência ao presidente dos EUA, sem especificar quais.

"Alguns desses documentos contêm alegações falsas e sensacionalistas feitas contra o presidente Trump, que foram enviadas ao FBI pouco antes da eleição de 2020", afirma o Departamento de Justiça em um comunicado publicado na X.

O caso Epstein tem vindo a assombrar a presidência de Donald Trump. “Quanto mais Trump tenta encobrir os arquivos de Epstein, mais descobrimos. Estes e-mails levantam questões gritantes sobre o que mais a Casa Branca está a esconder e sobre a natureza da relação entre Epstein e o presidente”, referiu há cerca de um mês o democrata Robert Garcia, membro do comité que está a investigar o caso.

Pub

Trump nega qualquer envolvimento nos crimes e nunca ficou comprovado que tenha participado ou que tenha sido cúmplice de tráfico sexual e de violação, nomeadamente de menores.

O presidente norte-americano admitiu ter sido amigo de Epstein durante 15 anos, mas sempre defendeu que ambos cortaram relações “há muitos anos”.

O caso continua a gerar especulações e teorias da conspiração, especialmente depois da morte de Epstein, em 2019, numa prisão de Nova Iorque enquanto aguardava o julgamento.

Pub

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar