Trump volta a defender Bolsonaro mas diz que não são amigos apenas conhecidos

Presidente dos Estados Unidos considera que Bolsonaro "ama o Brasil e lutou muito por essas pessoas. Agora querem prendê-lo".

Trump e Bolsonaro Foto: Alex Brandon/AP
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou esta terça-feira a defender o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, considerando-o mais uma vez inocente das acusações que enfrenta no Supremo Tribunal Federal (STF), nomeadamente por crime de tentativa de golpe de Estado, que pode levá-lo à prisão por muitos anos. Mas, ao contrário de Bolsonaro, que costuma apregoar ser amigo e muito próximo a Trump, o presidente norte-americano afirmou que não são amigos, somente se conhecem.

“Ele não é meu amigo, mas é alguém que conheço. Representa milhões de brasileiros, pessoas maravilhosas. Ama o Brasil e lutou muito por essas pessoas. Agora querem prendê-lo. Isso parece-me uma caça às bruxas e fico muito triste com isso”, declarou Trump na Casa Branca, em Washington, ao ser informado por jornalistas do pedido do Procurador-Geral da República (PGR) do Brasil, Paulo Gonet, para que o STF condene Bolsonaro por cinco crimes, entre eles golpe de Estado e participação em organização criminosa armada que podem acarretar ao antigo governante sul-americano mais de 40 anos de cadeia.

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Aos repórteres, Donald Trump teceu elogios ao carácter de Jair Bolsonaro, com quem conviveu mais intensamente durante o seu primeiro mandato, altura em que o brasileiro também estava no poder no Brasil. E disse que não considerava Jair Bolsonaro desonesto.

“Bolsonaro não é um homem desonesto. Conheci muitos chefes de Estado e posso dizer que Bolsonaro é um bom homem, que se esforçou pelo povo brasileiro e foi duro comigo em negociações comerciais porque queria garantir um bom acordo para o Brasil", complementou Trump, aludindo ao período em que ambos eram presidentes dos EUA e do Brasil.

Na semana passada, Donald Trump impôs ao Brasil, hoje governado por Lula da Silva, pesadas tarifas de 50% sobre todos os produtos e mercadorias exportados para os EUA. Ao fazer o anúncio, Trump avançou como uma das razões a retaliação contra o processo que Jair Bolsonaro enfrenta no Supremo Tribunal, e que o americano considera injusto.

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