Ultimato do governo espanhol ficou sem resposta
Carles Puigdemont não esclareceu se declarou ou não a independência da região.
O primeiro prazo do ultimato feito na semana passada por Mariano Rajoy ao líder do Governo Autonómico da Catalunha expirou ontem sem que Carles Puigdmont esclarecesse se declarou ou não a independência da região no seu discurso de há uma semana no Parlamento Regional.
Madrid lembra que o líder catalão tem "uma última oportunidade" até quinta-feira para "repor a legalidade" e garante que Puigdemont "será o único responsável pela aplicação da Constituição".
"Não era muito difícil responder sim ou não", criticou a vice-primeira-ministra Soraya Saénz de Santamaría, referindo-se à carta enviada por Puigdemont a Rajoy, onde o líder catalão volta a apelar ao diálogo mas não esclarece se a independência foi ou não declarada, como o governo de Madrid tinha exigido.
Assim, adiantou Santamaría, Puigdemont tem até às 10 horas de quinta-feira para "repor a legalidade", caso contrário, o governo avançará para a aplicação do Artigo 155 da Constituição, que prevê a suspensão da autonomia da Catalunha, a dissolução de todas as instituições autonómicas e a convocação de eleições regionais.
Quanto à exigência de diálogo feita por Puigdemont, a reação de Madrid foi clara: "ninguém nega o diálogo, mas este deve realizar-se dentro da legalidade e com clareza", disse Santamaría.
Juíza recusa prisão preventiva de Trapero
Trapero é acusado de sedição por se ter recusado a socorrer um grupo de guardas civis e agentes judiciais cercados por uma multidão independentista.
150 empresas saem por dia da Catalunha
A situação agravou-se após a saída dos dois maiores bancos catalães, Sabadell e Caixabank.
PORMENORES
Pressão sobre Puigdemont
Os independentistas radicais da CUP (Candidatura de Unidade Popular) consideram "impossível" o diálogo com Madrid e estão a pressionar Puigdemont para proclamar a república catalã esta semana ou na próxima.
Mas paga parte da fiança
O ex-presidente da Generalitat Artur Mas depositou ontem 2,2 milhões de euros da fiança reclamada pelo tribunal no âmbito do processo judicial pela organização da consulta independentista ilegal de 2014 e pediu o alargamento do prazo para pagar os restantes 3 milhões.
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