Ultimato do governo espanhol ficou sem resposta

Carles Puigdemont não esclareceu se declarou ou não a independência da região.

17 de outubro de 2017 às 09:34
Mariano Rajoy Foto: Getty Images
Mariano Rajoy Foto: Getty Images
Mariano Rajoy, presidente do governo de Espanha Foto: EPA
Carles Puigdemont Foto: Getty Images
Carles Puigdemont Foto: Getty Images

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O primeiro prazo do ultimato feito na semana passada por Mariano Rajoy ao líder do Governo Autonómico da Catalunha expirou ontem sem que Carles Puigdmont esclarecesse se declarou ou não a independência da região no seu discurso de há uma semana no Parlamento Regional.

Madrid lembra que o líder catalão tem "uma última oportunidade" até quinta-feira para "repor a legalidade" e garante que Puigdemont "será o único responsável pela aplicação da Constituição".

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"Não era muito difícil responder sim ou não", criticou a vice-primeira-ministra Soraya Saénz de Santamaría, referindo-se à carta enviada por Puigdemont a Rajoy, onde o líder catalão volta a apelar ao diálogo mas não esclarece se a independência foi ou não declarada, como o governo de Madrid tinha exigido.

Assim, adiantou Santamaría, Puigdemont tem até às 10 horas de quinta-feira para "repor a legalidade", caso contrário, o governo avançará para a aplicação do Artigo 155 da Constituição, que prevê a suspensão da autonomia da Catalunha, a dissolução de todas as instituições autonómicas e a convocação de eleições regionais.

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Quanto à exigência de diálogo feita por Puigdemont, a reação de Madrid foi clara: "ninguém nega o diálogo, mas este deve realizar-se dentro da legalidade e com clareza", disse Santamaría.

Juíza recusa prisão preventiva de Trapero

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Pressão sobre Puigdemont

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Mas paga parte da fiança

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