Um detido por exploração ilegal de ouro no centro de Moçambique
Homem foi detido após comprar meio quilograma de ouro a cidadãos nacionais.
O Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) da polícia moçambicana anunciou esta quarta-feira a detenção de um cidadão paquistanês por exploração e comercialização ilegal de ouro no centro do país.
O homem foi detido após comprar meio quilograma de ouro a cidadãos nacionais, que segundo a polícia pretendia depois levar para fora do país, explicou o porta-voz do Sernic na província de Sofala, Alfeu Site.
"Por não possuir licença, por não ter documentos legais para a exploração e a venda deste minério, ele foi imediatamente detido e foi conduzido às celas e o respetivo expediente foi aberto para que ele seja apresentado ao juiz de instrução", acrescentou.
A polícia avança que decorrem neste momento diligências para a localização de um outro indivíduo, estrangeiro, que o detido alega ser contabilista da empresa em Moçambique.
Segundo a fonte, trata-se do primeiro caso do género registado este ano e que envolve estrangeiros na prática de crimes de compra e venda ilegal dos recursos minerais, no caso ouro.
A produção de ouro em Moçambique aumentou 53% no primeiro trimestre do ano, face ao mesmo período de 2022, para 346,3 quilogramas, segundo dados oficiais do Governo moçambicano noticiados este mês pela Lusa.
Segundo o balanço económico e social da execução do Orçamento do Estado de janeiro a março de 2023, essa produção representa 26% do total esperado para este ano, que é de quase 1.342 quilogramas, e compara ainda com 226 quilogramas de ouro produzidos em Moçambique no primeiro trimestre de 2022.
Este desempenho resulta, de acordo com o documento, de um "maior controlo da mineração artesanal" em face do "bom desempenho das empresas produtoras", da "contínua exploração de depósitos de rocha dura" e da introdução de uma nova fábrica de processamento, bem como da retoma das atividades de exploração na província de Manica.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt