Uso de ‘coca’ trava favoritismo de Gove no Reino Unido

Rival de Boris Johnson na corrida à sucessão de May admitiu ter consumido droga há duas décadas.

11 de junho de 2019 às 08:22
Michael Gove diz que “foi uma sorte” nunca ter sido preso por posse de cocaína quando era mais novo Foto: EPA
Boris Johnson Foto: EPA
Theresa May já assinou carta de demissão no Reino Unido Foto: Reuters
Theresa May Foto: EPA/NEIL HALL

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O arranque, esta segunda-feira, da corrida oficial à sucessão de Theresa May na liderança do Partido Conservador e do governo britânico ficou marcado por um escândalo que poderá levar ao afastamento de um dos principais favoritos, o atual secretário do Ambiente Michael Gove, que admitiu numa entrevista ter consumido cocaína "por diversas vezes" quando era jornalista, há mais de duas décadas.

Gove, que é visto como o principal rival do favorito Boris Johnson na disputa pela liderança do partido, admitiu que "cometeu um erro" e que "teve sorte" de nunca ter sido preso por posse de droga, mas defendeu-se afirmando que "foi há muito tempo" e que a sua candidatura ao cargo deve ser julgada pelo seu trabalho enquanto ministro e não pelos "erros do passado".

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No entanto, Gove está já a ser acusado de "hipocrisia" pelos rivais, que não perderam tempo a lembrar que, quando era secretário da Educação, defendeu o despedimento de professores condenados por usar drogas duras, e quando era secretário da Justiça foi responsável pela aplicação de penas pesadas a pessoas condenadas por posse de droga.

Sayeeda Warsi, antiga vice-presidente conservadora, foi uma das mais duras, acusando Gove de "hipocrisia ao mais alto nível" e defendendo que devia abandonar a disputa pela liderança.

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