Vacina contra a Covid-19 com resposta positiva em pessoas com mais de 55 anos
Resposta foi semelhante ao resultado obtido em jovens adultos. Vacina induz imunidade durante pelo menos 56 dias.
A potencial vacina contra a Covid-19 que está a ser desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford produziu uma “resposta imunitária robusta” em pessoas com mais de 55 anos, avançou ontem o jornal ‘Financial Times’.
Os testes de sangue realizados a um subconjunto de participantes mais velhos do ensaio da AstraZeneca mostraram “resultados semelhantes” àqueles que foram obtidos por um grupo de adultos saudáveis com idades entre os 18 e os 55 anos. Os estudos mostram que a vacina induz duas formas de resposta imune em pessoas com mais de 55 anos, gerando anticorpos e linfócitos T (um tipo de glóbulo branco que destrói células infetadas) durante, pelo menos, 56 dias. Foi ainda confirmado que a vacina desencadeia menos respostas adversas entre os idosos.“É encorajador ver que as respostas de imunidade foram semelhantes entre adultos mais velhos e mais jovens” afirmou um porta-voz da farmacêutica. Segundo cientistas, a descoberta é bastante encorajadora visto que o sistema imunitário enfraquece com a idade e as pessoas mais velhas são as que correm um risco maior de morrer após serem infetadas com a Covid-19. Porém, Jonathan Ball, professor de virologia da Universidade de Nottingham, ressalvou que os estudos da terceira fase do ensaio clínico ainda não terminaram e que, por isso, os testes imunológicos positivos não são uma garantia de que a vacina venha a ser completamente segura para pessoas com mais de 55 anos.
Novas medidas em Itália
Itália introduziu ontem novas restrições para tentar travar a propagação do vírus, incluindo o encerramento de ginásios, piscinas e cinemas e a proibição de serviço às mesas nos cafés e restaurantes após as 18h.
O epidemiologista francês Jean-François Delfraissy admitiu que o número real de novos casos diários em França pode já ser superior a 100 mil, ou seja, o dobro dos números oficiais contabilizados pelo governo.
Hospitais belgas no limite
Os hospitais belgas podem ficar sem camas para acolher doentes de Covid-19 dentro de duas semanas, alertou o Ministério da Saúde. O país tem a segunda maior taxa de infeção na Europa a seguir à República Checa.
Venezuela diz ter medicamento que anula a Covid-19
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que cientistas venezuelanos desenvolveram um “medicamento que anula a 100% o novo coronavírus”. O fármaco, criado a partir da molécula DR10, normalmente usada no combate à hepatite C, vai ser disponibilizado à OMS para poder ser estudado.
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