Vídeo de passageiro desembarcado à força coloca em risco polícia nos aeroportos de Chicago

Os agentes não podem andar com armas de fogo dentro da área do aeroporto.

13 de abril de 2017 às 09:16
Vídeo de passageiro desembarcado à força coloca em risco polícia nos aeroportos de Chicago Foto: Getty Images
Vídeo de passageiro desembarcado à força coloca em risco polícia nos aeroportos de Chicago Foto: Getty Images

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O vídeo que mostra um polícia a desembarcar à força um passageiro de um avião da United Express pode ameaçar o futuro da agência de segurança nos dois principais aeroportos de Chicago, esta quinta-feira em foco num Conselho Municipal.

As polémicas imagens colocaram a polícia do aeroporto em risco, disse o vereador Chris Taliaferro, que vai pedir, juntamente com outros membros do conselho da autarquia, explicações à companhia aérea e ao departamento de aviação de Chicago (noroeste) sobre a razão pela qual o médico do Kentucky foi arrancado à força do assento depois de ter recusado sair do avião.

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No topo da lista de questões do Conselho Municipal de Chicago está se os agentes do aeroporto têm autoridade para entrar nos aviões.

Os agentes não fazem parte da força policial regular da cidade, recebem menos formação, e não podem andar com armas de fogo dentro da área do aeroporto.

Na terça-feira, o presidente da transportadora aérea United Airlines pediu desculpa ao passageiro que foi expulso violentamente de um aparelho da companhia em Chicago, 48 horas depois do incidente que provocou indignação em todo o mundo.

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"Apresento as minhas desculpas mais sinceras ao passageiro que foi desembarcado brutalmente do avião. Ninguém dever ser tratado daquela maneira", escreveu Oscar Munoz, em comunicado, qualificando o incidente como "verdadeiramente horrível".

No texto, acrescentou, a empresa "assume as suas responsabilidades e vai compor as coisas", prometeu, acrescentando que "nunca é tarde demais para fazer bem".

Os advogados do passageiro, David Dao, indicaram, por seu turno, que este continuava internado e que não iria fazer qualquer declaração nos próximos tempos.

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O 'mea culpa' de Munoz contrasta com o tom adotado inicialmente, na madrugada de terça-feira, pelos empregados da transportadora aérea, uma das três maiores norte-americanas.

Neste primeiro texto, o passageiro, um médico de origem vietnamita que vive nos Estados Unidos há alguns anos, era qualificado como "perturbador e agressivo".

As ações da United perderam na terça-feira mais de 1%, ou seja, cerca de 250 milhões de dólares (236 milhões de euros) de capitalização bolsista.

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Até a Casa Branca lamentou o incidente, que classificou como "infeliz". O porta-voz, Sean Spicer, afirmou que "é perturbador ver como tudo foi gerido".

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