Violência na Catalunha coloca jogo entre Barcelona e Real Madrid em risco

Governo pressiona Liga e clubes para adiarem o jogo devido ao risco de violência.

17 de outubro de 2019 às 01:30
Tensão continua em Barcelona: Manifestantes em confrontos com a polícia Foto: Reuters
Manifestantes atiram pedras e ácido contra a polícia em Barcelona Foto: Reuters
Barcelona a ferro e fogo: Dois manifestantes atropelados e vários carros em chamas Foto: Reuters

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O clima de tensão e violência na Catalunha após a condenação dos dirigentes independentistas pelo Supremo Tribunal espanhol pode colocar em causa a realização do clássico de futebol entre o Barcelona e o Real Madrid, agendado para o próximo dia 26. O próprio governo espanhol estará a pressionar a Liga e os clubes para adiarem o jogo face ao risco de violência e de politização da partida.

De acordo com a imprensa espanhola, a Liga propôs inverter a ordem das partidas entre os dois rivais, jogando primeiro no Santiago Bernabéu, em Madrid, e só na segunda volta em Camp Nou, mas esta hipótese foi rejeitada pelo FC Barcelona. O governo de Madrid, no entanto, "não considera razoável" que a partida se dispute em Barcelona nesta altura, pelo que se fala de um possível adiamento para dezembro.

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Entretanto, o líder do governo catalão, Quim Torra, recusou ontem condenar a violência dos manifestantes que na terça-feira atacaram a polícia e ergueram barricadas em chamas no centro de Barcelona, apesar de os atos violentos terem sido condenados por várias figuras do movimento separatista, incluindo os nove dirigentes que foram condenados por sedição pelo Supremo Tribunal espanhol.

Questionado durante uma marcha independentista em Girona, Torra fugiu à questão, dizendo que os protestos pacíficos "demonstram o melhor do povo catalão". Mais tarde, escreveu no Twitter: "A violência não me representa", frase que não constitui uma condenação explícita.

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Sánchez admite "todas as opções"

Sánchez recusou ainda aplicar a Lei de Segurança Nacional, que daria mais poderes à Polícia Nacional, porque até agora a colaboração entre as forças de segurança nacionais e a polícia catalã tem sido "impecável".

Governo catalão elogia atuação policial

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PORMENORES

Governo envia reforços

O Ministério do Interior enviou mais 200 efetivos das forças antimotim da Polícia Nacional para a Catalunha para reforçar o contingente já no terreno.

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Constitucional adverte

O Tribunal Constitucional advertiu o líder catalão, Quim Torra, de que pode incorrer em responsabilidade penal se ignorar os seus autos e sentenças.

Novos confrontos

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Manifestantes independentistas voltaram ontem à noite a enfrentar a polícia em frente ao Departamento de Interior da Generalitat, em Barcelona.

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