Washington reitera apelo para "libertação imediata" de jornalista detido na Rússia

Os Estados Unidos reiteraram, esta quarta-feira, o pedido de "libertação imediata" do jornalista norte-americano do Wall Street Journal detido na Rússia, depois de um tribunal russo ter prorrogado a sua prisão por três meses.

"Continuamos a pedir a libertação imediata" de Evan Gershkovich, bem como de outro detido, Paul Whelan, destacou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em declarações aos jornalistas.

Um tribunal russo prorrogou por três meses, até 30 de agosto, a prisão do jornalista norte-americano Evan Gershkovich, indicaram esta quarta-feira as agências noticiosas estatais locais.

Gershkovich foi detido em março sob acusação de espionagem durante uma reportagem que efetuava na Rússia, alegações negadas pelo jornalista, pelo Wall Street Journal e ainda pela administração dos Estados Unidos.

Este jornalista norte-americano é o primeiro correspondente dos Estados Unidos a ser detido na Rússia sob a acusação de espionagem desde o final da Guerra Fria.

A sua detenção abalou os jornalistas do país e causou indignação no Ocidente.

O Governo norte-americano já tinha referido que Gershkovich, preso na penitenciária de Lefortovo, em Moscovo, foi "detido injustamente", exigindo a libertação imediata.

Já Paul Whelan, de 53 anos, antigo suboficial dos Fuzileiros Navais, era agente dos serviços de segurança de um grupo empresarial norte-americano que comercializava peças automóveis quando foi detido em Moscovo, em dezembro de 2018, e foi depois condenado a 16 anos de prisão, em junho de 2020, sempre tendo classificado as acusações de espionagem como uma encenação.

No ano passado, numa troca de prisioneiros com Moscovo, Washington conseguiu obter a libertação da jogadora de basquetebol norte-americana Britney Griner, detida por tráfico de droga na Rússia, libertando, por sua vez, o traficante de armas Viktor Bout, que se encontrava preso nos Estados Unidos.