Zimbábue quer extraditar caçador que matou o leão Cecil
Dentista do Minnesota alvo de crítica generalizada.
A ministra do Ambiente do Zimbabué, Oppah Muchinguri, pediu esta sexta-feira a extradição do norte-americano Walter Palmer, que matou o leão Cecil, animal de uma espécie protegida no país e uma das principais atrações do Parque Nacional de Hwange.
"Pedimos às autoridades competentes a sua extradição (de Walter Palmer, um dentista do estado norte-americano de Minnesota) para o Zimbabué para que possa ser julgado pelas infrações que cometeu", declarou a ministra durante uma conferência de imprensa.
O leão Cecil era um macho dominante na reserva e ficou conhecido pela sua notável juba negra e fazia parte de uma investigação científica sobre a longevidade dos leões realizada pela universidade britânica Oxford, usando um colar com rádio transmissor.
"Infelizmente, foi tarde demais para prender o caçador estrangeiro, porque já tinha fugido para o seu país de origem" antes do escândalo rebentar, comentou a ministra.
De acordo com a ministra, "as investigações realizadas, até ao momento, mostram que esta caça furtiva foi muito bem organizada e bem financiada, com certeza que funciona", disse a ministra, acusando o caçador norte-americano e os seus intermediários locais de "caçar furtivamente leões".
O tribunal de Hwange, competente para julgar o caso, apresentou acusações contra o responsável local pela caçada, Theo Bronkhorst.
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