A edição de hoje
Humorista não quis acreditar na perspicácia e perseverança da sua convidada de 16 anos.<font face="Calibri"><font size="3"></font></font>
Malala deixa Jon Stewart de 'boca aberta'
Malala Yusafzai, a jovem que tem revolucionado o mundo islâmico, está de visita aos Estados Unidos e uma das suas paragens foi nos estúdios do ‘Daily Show', um programa humorístico conduzido por Jon Stewart.
Conhecido pelo seu sentido de humor mordaz, o apresentador é muitas vezes visto como um dos homens mais diretos e insensíveis da televisão americana. No entanto, na passada quarta-feira, Jon Stewart não conseguiu resistir aos encantos da jovem paquistanesa que tanto tem dado que falar.
Quando confrontada com o facto de ser um dos alvos dos talibãs, Malala explica que em 2012, quando tinha 14 anos, pensava que estes rebeldes não eram capazes de fazer mal a crianças. "Mas mais tarde comecei a pensar que eles acabariam por aparecer e que me iam matar", confessou a rapariga paquistanesa.
"Comecei a pensar: ‘Se eles aparecerem, o que é que vais fazer, Malala? Pega simplesmente num sapato e atira-o contra ele... ‘", explicou a jovem de 16 anos, o que desencadeou uma gargalhada geral.
"Mas depois pensei que se lhe atirasse um sapato, não haveria qualquer diferença entre ele e eu. Não posso tratar os outros com tal crueldade. Deves combater os outros, mas através da paz, do diálogo e da educação. Se ele aparecesse, dir-lhe-ia o quão importante é ter educação e que quero que os seus filhos, tal como eu, tenham acesso a esta", concluiu Malala.
Perante tal resposta, Jon Stewart limitou-se a ficar vários segundos de boca aberta, como que incrédulo perante aquela narrativa. "O teu pai está ali atrás e eu sei que ele está muito orgulhoso de ti, mas... achas que ele ficaria chateado se eu te adotasse?", perguntou o apresentador na brincadeira.
Em outubro do ano passado, um talibã alvejou Malala na cabeça, depois de a jovem ter criticado os talibãs e reclamado o direito das raparigas frequentarem a escola.
Malala Yusafzai transformou-se numa embaixadora global dos direitos das crianças, tendo escrito uma autobiografia, discursado nas Nações Unidas e criado o Fundo Malala. Era também uma das fortes hipóteses para receber o Prémio Nobel da Paz.
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