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Portugal vai acolher migrantes do ‘Lifeline’

Governo português ofereceu-se para receber parte dos 234 migrantes resgatados pelo navio ao largo da Líbia.

27 de junho de 2018 às 01:30

O Governo português prontificou-se a receber parte dos migrantes do navio humanitário ‘Lifeline’ que, após cinco dias de espera no Mediterrâneo, teve ontem autorização para aportar em Malta. Itália, que tinha inicialmente recusado receber os migrantes, firmou um acordo com Malta, à luz do qual se compromete também a receber parte das 234 pessoas a bordo.

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Portugal vai acolher migrantes do 'Lifeline'

"Face à situação de crise humanitária no Mediterrâneo, Portugal mantém a sua coerência solidária", explicou Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, adiantando: "Estamos já a tratar dos procedimentos necessários". Cabrita não esclareceu quantos migrantes serão encaminhados para o nosso país nem em que condições. O ministro referiu, isso sim, que Portugal prepara outro programa de receção de refugiados e acrescentou que o nosso país foi o sexto a receber mais migrantes vindos da Grécia e de Itália.

Pouco antes da confirmação da ajuda portuguesa, Itália tinha apelado à solidariedade europeia. "Itália dará as boas-vindas a alguns migrantes, na esperança de que outros países europeus façam o mesmo", disse o PM italiano, Giuseppe Conte, lembrando: "Quem desembarca nas costas italianas, espanholas, gregas ou maltesas desembarca na Europa".

A chanceler alemã, Angela Merkel, frisou, contudo, que o princípio de solidariedade não é aceite por todos, sendo improvável que um acordo sobre migrações seja alcançado no Conselho Europeu desta semana. Merkel defende, por isso, acordos bilaterais "entre países empenhados em todas as dimensões da política migratória".

Refira-se que, apesar de ter recusado o ‘Lifeline’ e, na semana anterior, o ‘Aquarius’, Itália abriu ontem portas ao cargueiro ‘Maersk’ que, após dias de espera, aportou na Sicília, com mais de 100 migrantes resgatados.

PORMENORES 

"Negócio da imigração"

O novo governo italiano recusa receber migrantes resgatados, no Mediterrâneo, por navios de organizações humanitárias, afirmando que estas ajudam a alimentar o negócio da imigração ilegal e tráfico de pessoas.

Investigação

Após a chegada a Malta, o ‘Lifeline’ será apresado e o comandante do navio será alvo de uma investigação por auxílio à imigração ilegal. Itália alega que o comandante ignorou instruções para deixar que os migrantes fossem resgatados por navios da Guarda Costeira líbia que se encontravam nas imediações.

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