Preço do barril de petróleo russo fixa-se atualmente em torno dos 65 dólares (61,68 euros) um pouco acima do limite máximo aprovado pelos ocidentais.
Zelensky considera insuficiente limite para preço do petróleo russo
O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky considerou, este sábado, insuficiente a limitação do preço do barril de petróleo russo a 60 dólares (56 euros) ao considerar não ser uma "decisão séria", com Kiev a sugerir um preço duas vezes mais baixo.
Na sexta-feira, a União Europeia (UE), o G7 (as sete economias mais ricas do mundo) e a Austrália concordaram na imposição deste teto máximo, com a Rússia a indicar de imediato que "não aceitará" esta limitação, que deverá ser aplicada nos próximos dias para limitar os meios financeiros de Moscovo na sequência da invasão militar da Ucrânia.
O preço do barril de petróleo russo fixa-se atualmente em torno dos 65 dólares (61,68 euros) um pouco acima do limite máximo aprovado pelos ocidentais, e que implicará um impacto limitado a curto prazo.
No entanto, e ao início desta manhã, Kiev tinha-se regozijado com a aplicação deste mecanismo penalizador e prenunciado a destruição da economia russa sob o peso das sanções internacionais.
"Era necessário baixar [o preço máximo] a 30 dólares para destruir [a economia russa] ainda mais rapidamente", indicou na ocasião Andrii Iermak, chefe de gabinete da presidência ucraniana.
Mas ao início da noite, Zelensky adotou uma posição substancialmente mais crítica face aos ocidentais.
"Não é uma decisão séria fixar tal limite para os preços russos, e que é de facto confortável para o orçamento do Estado terrorista", afirmou, citado pelos serviços da presidência.
"A Rússia já provocou perdas colossais a todos os países do mundo ao desestabilizar deliberadamente o mercado da energia. E o mundo não pode arriscar" um "verdadeiro desarmamento energético de Moscovo", lamentou. "É uma posição fraca", acrescentou.
O texto máximo do preço do barril de crude russo foi criticado por Kiev e rejeitado por Moscovo.
"Não aceitaremos esta limitação", declarou aos 'media' o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pelas agências russas, enquanto Moscovo já avisou que deixará de fornecer petróleo aos países que adotarem esta medida.
Nesta primeira reação de Moscovo, Peskov afirmou ainda que a Rússia "se preparou previamente para uma semelhante limitação", sem fornecer mais detalhes.
Na sexta-feira, os 27 países da União Europeia, o G7 e a Austrália chegaram a acordo sobre "um preço máximo de 60 dólares americanos [cerca de 57 euros] para o petróleo bruto de origem russa transportado por via marítima", segundo um comunicado conjunto.
O mecanismo entrará em vigor na segunda-feira "ou pouco tempo depois", precisaram o G7 e a Austrália. Nesse mesmo dia, terá início o embargo da UE ao petróleo russo transportado por via marítima, que vai suprimir dois terços das compras de crude à Rússia.
Desta forma, apenas o petróleo vendido por Moscovo a um preço igual ou inferior a 60 dólares poderá continuar a ser entregue. Para além deste limite, as empresas estão proibidas de fornecer os serviços que assegurem o transporte marítimo (carga e seguros, entre outros).
A Alemanha e a Polónia também decidiram interromper até ao final de 2022 as entregas através de um oleoduto, o que, segundo os europeus, também contribuirá para que as importações russas totais sejam afetadas em mais de 90 por cento.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.655 civis mortos e 10.368 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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