A edição de hoje
João Ramos Pinto, ex-representante diplomático de Portugal em países como Timor ou África do Sul, era o pai de Matilde Ramos Pinto.
Portuguesa vítima de atropelamento fatal nos EUA era filha de embaixador
Matilde Ramos Pinto, a produtora de filmes portuguesa, de 38 anos, que morreu atropelada, juntamente com o marido e os dois filhos bebés na cidade norte-americana de São Francisco, no último sábado, era filha do embaixador João Ramos Pinto.
A família estava numa paragem de autocarro à espera de transporte para ir ao jardim zoológico quando foi colhida por um jipe desgovernado. A portuguesa, o marido, Diego Cardoso Oliveira, de nacionalidade brasileira, 40 anos, e o pequeno Joaquim, de 18 meses, morreram no local, no dia do acidente, no passado sábado. Cauã ainda lutou pela vida durante quatro dias no hospital mas acabou por não resistir aos graves ferimentos e morreu. Os órgãos do menino vão ser doados. “Vão servir para salvar a vida de outras crianças”, refere um comunicado do consulado português em São Francisco.
A tragédia deixou familiares e amigos em choque. O CM tentou esta sexta-feira contactar o pai de Matilde, o embaixador João Ramos Pinto, mas sem sucesso. O diplomata, de 74 anos, está jubilado desde 2014. No seu percurso profissional, teve vários marcos importantes. Em 2004, dois anos depois de Timor-Leste ter alcançado a independência, foi nomeado embaixador em Díli. Em 2010, quando Portugal participou no campeonato do Mundo de futebol, o diplomata representava o País na África do Sul. Durante o trabalho naquele país, João Ramos Pinto patrocinou ainda protocolos de cooperação económica. Em 2016 foi eleito presidente da Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses.
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