Hilário Lole, trata-se de um "dos informantes" do grupo.
O Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) moçambicano anunciou esta sexta-feira a detenção de mais um elemento suspeito de integrar o grupo envolvido no rapto de um empresário, há quase uma semana, em Maputo.
De acordo com a informação prestada aos jornalistas pelo porta-voz do Sernic na cidade de Maputo, Hilário Lole, trata-se de um "dos informantes" do grupo e a sua detenção ocorreu depois de uma operação daquela força que no início da semana levou ao desmantelamento do local do cativeiro do empresário, raptado no centro da capital, no passado sábado.
"Uma das informações que temos neste momento é que este indivíduo era um indivíduo dedicado ao seguimento da vítima raptada no dia 20 de julho, é que dava as coordenadas sobre os movimentos, entrada e saída do estabelecimento", explicou Lole.
O Sernic já tinha avançado na terça-feira a detenção de outra pessoa, suspeita de envolvimento em dois raptos ocorridos em Maputo, capital moçambicana, um dos quais na segunda-feira.
"Conseguimos prender ontem [segunda-feira] uma pessoa envolvida no rapto que ocorreu no dia 26 de junho, do empresário que conseguiu fugir do cativeiro", disse Hilário Lole, porta-voz do Sernic na cidade de Maputo, sul de Moçambique.
Segundo o porta-voz, o homem é também suspeito de envolvimento no rapto de um empresário ocorrido na noite de segunda-feira, entre as avenidas Mártires da Machava e 24 de Julho, no centro de Maputo.
Hilário Lole acrescentou que a vítima seria levada para o mesmo cativeiro em que foi mantido um outro empresário, em junho, depois de ter sido levado à força, também no centro de Maputo, por um grupo de seis pessoas armadas, e que, entretanto, conseguiu fugir.
"Eles se aperceberam que já tínhamos desmantelado o cativeiro e ficaram sem local para [prender a vítima]. Depois de um trabalho tenso com os mesmos, acabaram libertando a vítima do rapto de ontem [segunda-feira] e que já está em convívio familiar", acrescentou o porta-voz do Sernic.
Na tarde do passado sábado, o filho de um empresário foi raptado numa avenida central de Maputo, tendo um agente da polícia moçambicana morrido durante uma troca de tiros.
Hilário Lole afirmou existirem indícios de que o homem detido esteja envolvido também no rapto de sábado, cuja vítima ainda está em parte incerta.
Quase 150 empresários foram raptados em Moçambique nos últimos 12 anos e uma centena deixaram o país por receio, segundo números divulgados quinta-feira pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), que defende que é tempo de o Governo dizer "basta".
"Já vão a caminho de 150. Abandonaram o país mais de uma centena. Não estamos a falar daqueles que exerciam cargos da administração ou direção, se contarmos com esses são muitos mais. Estamos a falar daqueles que detinham o capital, eram os acionistas das empresas", avançou, em conferência de imprensa, em Maputo, o presidente do pelouro de segurança e proteção privada da CTA, Pedro Baltazar.
"Passados cerca de 12 anos desde a ocorrência do primeiro rapto, achamos que é tempo suficiente para que o Governo se pressione de forma mais pragmática a dar um basta a este mal. Por isso, reiteramos a necessidade de o Governo acolher as medidas propostas pelo setor privado", afirmou o dirigente da CTA, reconhecendo o impacto de "biliões de dólares" na economia e no emprego no país.
A polícia moçambicana registou, até março, um total de 185 casos de raptos e pelo menos 288 pessoas foram detidas por suspeitas de envolvimento neste tipo de crime desde 2011, anunciou o ministro do Interior.
O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, reconheceu este mês que o combate aos crimes de raptos ainda constitui um desafio no país e pediu à polícia para trazer a público os seus "mandantes": "Tragam pelo menos um mandante, hão de ver que a narrativa vai mudar, porque os mandantes são muito medrosos, a gente basta tomar uma certa medida eles logo fogem".
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